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Homem que matou cão a pauladas é indiciado por traumatizar a irmã do animal

12 de fevereiro de 2022
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Câmeras de segurança flagraram o episódio de violência contra o cachorro, ocorrido em um estacionamento da cidade (Rafael Ziglia / Arquivo Pessoal)

O homem que matou um cão a pauladas na cidade de Rio Grande (RS) foi indiciado pela morte do animal e também por crueldade contra a cadela Charlotte, irmã de Costela, e por posse ilegal de munição. O inquérito foi concluído pela Polícia Civil nessa quinta-feira (10).

O crime aconteceu no dia 15 de janeiro.

De acordo com o delegado Maiquel Fonseca, responsável pelas investigações, na vistoria realizada em cumprimento do mandando de busca e apreensão na casa do acusado foi localizada a arma do crime e munições de calibre .38. Ele também destaca a ajuda recebida do hospital da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que elaborou um laudo preliminar.

“Conseguimos apreender a arma do crime, uma espécie de cabo de machado que ele adaptou. Pelas imagens, parece que tem algo que perfura a cabeça do animal, um tipo de lança artesanal. Embora ainda não tenha sido concluída a perícia, o laudo inicial aponta que existe uma perfuração no crânio”, explicou o delegado ao site GZH Segurança.

O assassino era servidor da prefeitura de Rio Grande, e foi afastado do cargo. Porém, segue em liberdade mesmo com as imagens provando o crime. O delegado explica que a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do homem, que foi negada pelo Judiciário. Já o recurso apresentado pelo Ministério Público segue aguardando julgamento.

O delegado destaca a brutalidade do crime e reitera que nunca viu nada do gênero na cidade. Ele sublinha que o caso ganhou repercussão e defende que as pessoas denunciem casos de maus-tratos. As denúncias podem ser feitas por telefone, no número 197, nos postos da Polícia Civil ou por meio da delegacia online.

Em depoimento, o homem alegou que foi atacado pelo cachorro, o que foi desmentido. Ele disse ainda que outro locatário da garagem coletiva onde ocorreu o crime teria sido atacado. Ouvido pela polícia, o homem negou o fato e afirmou que Costela era dócil.

“A expectativa da Polícia Civil é de que ele seja condenado tanto pela morte do Costela quanto pelos maus-tratos e danos psicológicos contra a Charlotte, que presenciou a morte do irmão e ficou a noite toda ao lado dele, além da posse irregular de munição”, disse o delegado.

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