Gildo Gelisnki de Souza foi preso neste sábado (1º) durante um cumprimento de mandado de buscas na casa dele em Guarapuava, na região central do Paraná. Ele é suspeito de envenenar cães na cidade e já havia sido indiciado por fazer o mesmo com uma cachorra comunitária em junho de 2024.
Em fevereiro deste ano, uma câmera de segurança flagrou o carro dele próximo a um cão e logo após o animal passou mal, foi socorrido e sobreviveu.
Além disso, de acordo com a Polícia Civil (PC-PR), vários outros cachorros apareceram mortos no bairro no início deste ano.
A situação chegou até a polícia, que realizou buscas na casa de Gildo neste sábado. No imóvel, os policiais encontraram chumbinho de armamento em garrafas e uma sacola com veneno granulado.
Além disso, foram aprendidas munições de diversos calibres, 26 potes de pólvora e cartuchos para espingarda. Todos os materiais serão periciados pela Polícia Cientifica.
Ele foi levado para a delegacia e permaneceu preso na cadeia pública de Guarapuava. De acordo com o delegado plantonista, Gildo se recusou a acionar um advogado.
Gildo foi indiciado por maus-tratos no ano passado por ter envenenado uma cadela comunitária em Guarapuava. O caso aconteceu em julho de 2024, em frente a um supermercado. A cadela que morreu era cuidada por funcionários e pessoas da região.
Em um vídeo obtido durante a investigação da Polícia Civil, o homem aparece jogando uma carne envenenada para a cadela.
As imagens mostram a cadela deitada na frente a uma das entradas do supermercado no dia do crime. Logo depois, um carro para em uma vaga de estacionamento.
O motorista desce, atravessa a rua, caminha pela entrada e joga, conforme a polícia, um pedaço de carne na direção do animal e continua caminhando. A cachorra passeia pela rampa, deita, mas logo volta e come a carne.
O homem entra no supermercado e limpa as mãos em um pano. Imagens internas do estabelecimento mostram ele andando e, pouco depois, saindo sem levar nada.
Cerca de 40 minutos após a saída do indiciado, a cachorra entra tremendo na loja e com dificuldades para andar. Pessoas que cuidavam do animal levaram ela a uma clínica veterinária, mas o animal não resistiu e morreu.
De acordo com o delegado Bruno Miranda Maciozek, em depoimento, Gildo negou o crime.
Laudo apontou intoxicação
De acordo com a polícia, a médica veterinária que atendeu a cadela informou, em um laudo, que o quadro foi “condizente com intoxicação”.
Segundo o documento, a cachorra chegou com taquicardia e teve convulsão seguida de parada cardiorrespiratória.
“Isso faz parte da materialidade delitiva de provar que essa cachorra foi envenenada. Pelas imagens dá pra ver que ele deixa, de forma oculta, aquele pedacinho de carne e fala que era um pedaço de frango, foi o que ele falou”, disse o delegado Bruno Miranda Maciozek.
O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público.
Fonte: G1