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Homem é sentenciado após deixar 10 tartarugas morrerem de frio 

31 de maio de 2024
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Foto: William Crochot | Wikimedia Commons | CC-BY-SA 4.0

Chapéu: NEGLIGÊNCIA

Título: Homem é sentenciado após deixar 10 tartarugas morrerem de frio

Olho: Ele mantinha mais de 50 tartarugas em sua casa e deixou elas sozinhas para fazer uma viagem

Um homem admitiu ter descartado os corpos de tartarugas-gigantes-de-Aldabra em uma floresta depois que elas morreram de frio quando o aquecimento falhou durante o natal. O eletricista inglês que mantinha mais de 50 tartarugas em sua casa, deixou os animais sozinhos durante o período festivo e, quando voltou, 10 delas estavam mortas.

O juiz do caso, Stuart Smith, ficou indignado com o acontecido. “Essas 10 tartarugas eram répteis exóticos que não eram nativos deste país ou deste clima. Elas eram únicas e exigiam conhecimento e cuidados muito específicos. Elas eram inteiramente dependentes e confiavam em você para atender às suas necessidades”, disse ao culpado. “Você os descreveu como seu orgulho e alegria, mas por seis dias você priorizou suas celebrações festivas em detrimento dos cuidados com eles e ignorou completamente sua responsabilidade para com eles, não verificando seu estado durante esse tempo.”

O juiz disse ainda que o eletricista  entrou em pânico e escondeu os corpos. “Os membros do público ficarão chocados e angustiados ao saber da triste morte desses 10 animais tão impressionantes”, afirmou.

O culpado entregou mais de 50 outras tartarugas encontradas em sua casa à polícia. As autoridades locais informaram que elas foram realojadas.

A promotora, Samantha Rogers, disse que as tartarugas mortas foram encontradas em uma floresta, em janeiro. “A polícia foi contatada por um membro do público que informou ter visto as tartarugas em um endereço quando estava visitando esse endereço à venda”, declarou Rogers. Ela disse ainda que o homem tinha as tartarugas gigantes desde que eram filhotes, há 15 anos.

De acordo com Rogers, exames post-mortem concluíram que as tartarugas morreram de doença óssea metabólica ligada a “cuidados inadequados”, bem como a “falta de aquecimento agudo durante um dos períodos mais frios do ano”.

Mark Arthurs, inspetor responsável pelo caso, disse que o caso é um lembrete para todos os tutores de animais de que eles sempre têm a responsabilidade pelo bem-estar, independente do animal. “Aqueles que estão tendo dificuldades em cumprir essa responsabilidade devem procurar a riqueza de ONGs, que podem apoiá-los nisso”, complementou.

Já Evie Button, oficial científica sênior da RSPCA, relembrou que animais exóticos têm as mesmas necessidades que teriam na natureza. “Infelizmente, muitas pessoas não estão cientes do quanto um animal exótico exige de compromisso quando decidem tê-los. É por isso que é vital que os futuros tutores sempre façam suas pesquisas antes de assumir a responsabilidade por qualquer animal”, acrescentou.

Como penalidade, o eletricista recebeu uma ordem comunitária que inclui 50 horas de trabalho não remunerado e foi proibido de manter tartarugas por 10 anos.

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