Por Fernanda Franco (da Redação)
Recentemente, um homem lançou, em Portugal, uma petição na internet para reivindicar a tutela de sua cachorra, por conta de ter sido proibido de vê-la por sua ex-esposa, desde o divórcio, em 2007.
Durante o casamento, Antonio ganhou de sua então mulher uma linda cadela que ele batizou de Skippy. Ele conta que, dez anos depois, quando se separaram, ele aceitou que a cachorrinha ficasse junto com a sua ex-mulher, em função de sua filha de 6 anos ser muito apegada à Skippy.
Depois de um tempo, por não ter cedido a algumas exigências feitas pela ex-mulher, ele fora então proibido de ver ou conviver com a cachorra, que era também como filha para ele. Há quase um ano que essa situação se estende.
Ele afirma: “Quem convive com animais certamente compreende melhor a minha angústia, uma vez que se estreitam laços muito profundos entre os animais e os seus tutores. E, com certeza, essa angústia não será só minha, uma vez que a Skippy também ficou privada da minha presença e os cães também têm sentimentos”.
Antonio pretende recorrer às vias legais: “dificilmente voltarei a ver a Skippy, pois estes processos não são levados muito a sério, e a idade já lhe vai pesando”, afirma com tristeza. Skippy está perto de completar 13 anos e está com a saúde um tanto debilitada, tendo apresentado problemas nos dentes, lábios, visão e algumas dificuldades motoras.
O caso de Antonio, em que animais são usados como objetos para ferir ou castigar o outro por questões pessoais, infelizmente, é mais comum do que imaginamos. Mas o que as pessoas precisam ter em mente é que, assim como é entre pais e filhos, a relação entre os animais e seus tutores é independente e vai muito além das desavenças que possam ocorrer nas relações humanas.
Antonio e Skippy estão sendo vítimas de um sentimento chamado vingança.