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Homem é preso em flagrante arrastando cão pelas ruas de Apucarana

5 de março de 2013
2 min. de leitura
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Por Rafaela Pietra (da Redação)

Um caso de violência contra animal revolta a população de Apucarana (a 65 km de Maringá), no Paraná. Na manhã de segunda-feira (4), de acordo com fontes do canil municipal, um homem de 59 anos teria amarrado um cão em uma motocicleta e arrastado o animal em via pública, quando foi abordado pela Polícia Militar (PM).

A PM fazia patrulhamento na Rua Hermes da Fonseca, na Vila Nova (zona sul da cidade) quando flagrou o homem praticando o ato brutal de maus-tratos ao animal.

Segundo o jornal O Diário, o cão foi resgatado e deixado, com vida, aos cuidados da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap), que providenciou tratamento e encaminhamento a um veterinário.

O homem foi denunciado ao Ministério Público através de representação da Soprap, e poderá responder pelo crime de maus-tratos contra animais, previsto na Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98, que prevê pena de detenção de três meses a um ano, e multa, para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Punição leve

Casos similares também já geraram indignação na sociedade. Além de vis e cruéis, crimes como esse geram tanta revolta por serem punidos com brandura, isso quando há punição.

O caso da cadela Preta, arrastada pelas ruas de Pelótas (RS), ganhou repercussão da mídia nacional e internacional. Na noite do dia 9 de março de 2005, a cadela, que estava prenha, foi amarrada ao para-choque de um carro e arrastada pela cidade por Fernando Siqueira Carvalho, Marcelo Ortiz Schuch e Alberto Conceição da Cunha Neto. A condenação dos acusados, ocorrida anos depois, trouxe de volta a indignação, pois o juiz teria se baseado no fato de que o assassinato do cão teriam trazido prejuízos de ordem psicológica à população local. Alberto Conceição da Cunha Neto, por ter antecedentes criminais, recebeu a maior pena dentre os três acusados, sendo condenado em 2007 a somente um ano de detenção em regime semiaberto.

Além de Preta, Lobo também foi vítima de uma crueldade sem limites. O juiz Ettore Geraldo Avolio condenou o mecânico Claudio Cesar Messias, acusado de arrastar o cão rotweiller Lobo por ruas da área central de Piracicaba (SP) em novembro de 2011, ao pagamento de R$ 9.810 e à prestação de 200 horas de serviços à comunidade pelo crime de maus-tratos contra animais. O réu está recorrendo da decisão e poderá não ser punido.

Infelizmente, o assassinato de animais, de forma tão brutal, ainda não é visto e punido com o rigor necessário à perda de uma vida. Serviços comunitários e dinheiro não podem trazer suas vidas de volta, porém, penas leves para assassinos tão cruéis deixam a todos nós com o gosto amargo da impunidade.

Nós só pedimos justiça.

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