Um homem foi filmado perturbando uma foca que descansava na Prainha da Guarda, em Palhoça (SC), gerando indignação entre moradores e frequentadores da praia. Enquanto outros banhistas observavam a foca com admiração em um distância respeitosa, o homem decidiu ignorar todas as orientações de convivência com animais silvestres e interferir diretamente na vida do animal.
Imagens mostram um homem se aproximando deliberadamente da foca, invadindo seu espaço e perturbando o descanso do animal, puxando sua cauda e tentando chamar sua atenção.
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A foca não apresentava ferimentos aparentes e apenas repousava, o que torna a ação ainda mais grave. A aproximação humana, além de desnecessária, pode provocar estresse intenso, alterar o comportamento natural do animal e comprometer sua saúde. Especialistas alertam que interações desse tipo podem levar animais marinhos a abandonar áreas seguras, sofrer exaustão ou até reagir por medo, colocando a própria vida em risco.
A presença de animais silvestres em praias não é um espetáculo nem uma oportunidade para selfies ou vídeos. Trata-se de um direito do animal de existir, descansar e se deslocar sem ser assediado. A conduta registrada vai na contramão das orientações ambientais amplamente divulgadas por órgãos de proteção aos animais silvestres, que pedem para que as pessoas não perturbem o animal e avise um centro com profissionais especializados.
A legislação brasileira é clara, perturbar a animais silvestres é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). As multas para quem importuna esses animais podem chegar à 10 mil reais.