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CRUELDADE

Homem é denunciado por maus-tratos e mortes de 40 animais domésticos no Pará

Ele trabalhava em um abrigo que funcionava como lar temporário de cães e gatos e recebia para cuidar deles

20 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação/Demapa

Um homem de 30 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por maus-tratos e pela morte de cerca de 40 cães e gatos, em um abrigo em Benevides, região metropolitana de Belém, no Pará.

De acordo com as investigações, o indivíduo prestava serviços pagos como cuidador de animais domésticos em um abrigo que servia como lar provisório para animais resgatados em situação de rua.

Contudo, os clientes que contrataram o suspeito descobriram que os animais estavam sofrendo abusos, careciam de cuidados adequados e que alguns chegaram a falecer.

A denúncia foi feita à Polícia Civil por uma mulher que havia deixado 15 animais no abrigo sob cuidados do suspeito.

O MPPA revelou que, de acordo com informações fornecidas pela mulher, o suspeito recebia 100 reais mensais por cada animal adulto que cuidava, além de valores adicionais para materiais de limpeza, ração e despesas médicas.

Em certo momento, a vítima relatou que deixou de receber informações sobre a localização de alguns animais. Durante uma visita ao abrigo, o acusado resistiu à entrega dos animais que ela havia confiado a ele.

Pouco depois, ela recebeu um dos cães debilitado, que foi levado para tratamento, mas faleceu dias depois devido à anemia. Preocupada com a situação, a mulher foi buscar os outros animais, conseguindo resgatar apenas 12 cachorros, enquanto dois estavam desaparecidos.

De acordo com o MPPA, na delegacia foram ouvidos o profissional responsável pelo transporte e a veterinária que atendia os animais do abrigo.

Mesmo após a denúncia do crime, o homem continuou atraindo novas vítimas por meio das redes sociais, onde promovia o abrigo. Em muitos casos, ele cobrava pelos serviços mesmo quando os animais já haviam morrido, pois não informava sobre os óbitos.

Durante as perícias realizadas em março de 2022, o homem ainda dificultou o trabalho dos investigadores e incinerou os demais animais presentes no local.

Moradores das proximidades relataram que o homem limpava o espaço para ocultar as evidências de maus-tratos.

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