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JUSTIÇA FEITA

Homem é condenado a 475 anos de prisão após 100 pit bulls desnutridos serem encontrados amarrados em árvores

15 de abril de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Em um caso que expõe a brutalidade das rinhas de cães e a crueldade sistemática contra animais, um homem da Geórgia foi sentenciado a 475 anos de prisão após autoridades resgatarem mais de 100 pit bulls mantidos em condições desumanas em sua propriedade. A condenação de Vincent Lemark Burrell, 57 anos, é considerada uma das mais longas da história dos EUA para crimes dessa natureza, marcando uma vitória simbólica na luta contra a violência animal.

Em 8 de novembro de 2022, uma operação do Gabinete do Xerife do Condado de Paulding revelou um cenário de tortura: os cães estavam presos a correntes pesadas, amarrados em árvores e postes de metal, sem abrigo adequado, desidratados e famintos. Muitos apresentavam sinais de subnutrição, enquanto outros, treinados para a violência, mostravam extrema agressividade.

“Para onde quer que você olhasse, não dava para andar sem ver outro pit bull acorrentado”*, descreveu KC Pagnotta, promotor assistente do caso. “Eles eram mantidos distantes o suficiente para não se atacarem, mas próximos para se provocarem — tudo para estimular a agressão usada nas rinhas.”

Alguns animais estavam confinados no porão da casa, onde o cheiro de fezes e urina era tão forte que os agentes precisaram de equipamento de proteção para entrar. “As condições não eram adequadas nem para humanos, muito menos para animais”, destacou o comunicado oficial.

Burrell foi considerado culpado por rinha de cães e crueldade animal, crimes que, em muitos estados, ainda são punidos com penas brandas. A condenação recorde, no entanto, sinaliza uma mudança no tratamento jurídico desses casos.

“O mundo obscuro das rinhas de cães é uma cultura desprezível que não tem lugar em nossa sociedade”, afirmou o xerife Gary Gulledge.

Os 106 cães resgatados foram encaminhados a abrigos e organizações de proteção animal. Muitos, apesar do trauma, responderam com afeto aos socorristas, mostrando que, mesmo após tanto sofrimento, ainda eram capazes de confiar no ser humano.

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