Uma loja de animais foi lacrada nesta quarta-feira (21), na Vila Virgínia, na zona oeste de Ribeirão Preto (SP). No local, a Polícia Civil encontrou porquinhos-da-índia, galinhas, gansos, marrecos e até uma família de pavões em condições de maus-tratos. Duas aves estavam mortas.
O proprietário da loja, Evaldo Pinheiro, foi autuado em R$ 100 mil e levado para a Central de Flagrantes, onde deverá assinar um termo circunstanciado em que se compromete a manter o estabelecimento fechado. Caso contrário, ele poderá ser preso por crime ambiental.
O homem também foi multado em R$ 3 mil por cada animal mantido na loja e em R$ 6 mil por cada ave encontrada morta. À reportagem, Pinheiro negou todas as acusações de maus-tratos. A quantidade de animais resgatados não foi divulgada pela polícia e os animais foram levados para o Centro de Controle de Zoonoses.
Sem alvará
Segundo o delegado Luís Geraldo Dias, a loja não possuía alvará da Vigilância Sanitária e as aves eram mantidas em cativeiro inadequado. A polícia informou que duas galinhas morreram por falta de alimentos e devido ao calor, outras aves estavam juntas em gaiolas pequenas e sujas.
“Estavam submetidas a cativeiros intensos, dezenas por gaiolas, cativeiro inadequado, famílias de aves exóticas ambientados em área inadequada”, afirmou o delegado. “Tinha até uma chocadeira, que chamou atenção de todo mundo, porque eles chocavam os ovos de pavão, marrecos, gansos, galinhas e comercializava tudo sem nenhum alvará da Vigilância, Fiscalização Geral, dos bombeiros, de ninguém, ao arrepio da lei”.
O dono da loja já havia sido notificado uma vez pela Polícia Civil e se comprometido a fechar o local, entretanto o estabelecimento voltou a funcionar. Nesta quarta, a loja foi alvo de operação conjunta das polícias Civil e Ambiental e do departamento Ambiental da Prefeitura de Ribeirão.
Proprietário
Evaldo Pinheiro foi levado para a Delegacia de Meio Ambiente e deverá se comprometer a fechar o local, assinando um termo circunstanciado. Ele será liberado, mas poderá ser preso se não cumprir o termo ou deixar de pagar a multa.
O proprietário da loja negou maus-tratos aos animais e considerou “normal” a morte das aves. “É normal em uma loja de animais, uma hora ou outra morre, em clínica veterinária também, é normal”, afirmou.
Pinheiro disse também que o local estava sujo porque ficou fechado durante a noite . “Eles chegaram às 8 horas, que é o horário que a gente chega para limpar a loja. Consequentemente chegaram e estava sujo”, comentou.
Segundo a polícia, os animais resgatados foram levados para o Centro de Controle de Zoonoses e posteriormente encaminhados ao Bosque Fábio Barreto ou outro depósito para doação.
Fonte: G1