EnglishEspañolPortuguês

Homem é detido em Juiz de Fora (MG) por instigar cadela a abocanhar explosivo

21 de maio de 2015
3 min. de leitura
A-
A+

Cadela foi socorrida e levada para clínica, onde permanece internada (Foto: Reprodução/TV Integração)
Cadela foi socorrida e levada para clínica, onde permanece internada (Foto: Reprodução/TV Integração)

Um homem de 44 anos foi detido por abuso e maus-tratos contra uma cadela nessa quarta-feira (20) em Juiz de Fora. Ele instigou o animal a abocanhar um artefato que explodiu e a feriu.
A cadela foi levada para uma clínica veterinária particular onde está internada. De acordo com a veterinária Gisele Passos, ela está estável, mas o quadro ainda é considerado grave.
Ela contou que a cadela tem características de mestiça de pit bull e recebeu um nome provisório. “A moça do resgate que a trouxe para nós disse que ela tinha cara de Atena”, contou.
Crime
A Polícia Militar (PM) foi acionada no fim da tarde na Avenida JK, perto do Bairro Barreira do Triunfo. De acordo com relato de testemunhas, o homem estava lançando explosivos chamados estalinhos e percebeu que a cadela estava abocanhando o objeto. Então, o homem adquiriu uma bomba conhecida como “cabeça de nego”, explosivo de maior capacidade, e jogou. Quando o animal abocanhou, o artefato explodiu.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), o animal teve ferimentos internos na boca e foi socorrido por testemunhas, com autorização da PM, para uma clínica veterinária no Bairro Bom Pastor.
Os policiais fizeram rastreamento, localizaram o suspeito e o levaram para a Delegacia de Plantão. O G1 solicitou à assessoria informações sobre o andamento do caso e aguarda retorno.
Desde dezembro, foi instalada em Juiz de Fora, o primeiro Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-tratos a Animais, que funciona no Bairro Santa Terezinha.
Tratamento
Ainda de acordo com a veterinária, o quadro inspira cuidados. “Ela chegou em estado grave. Nós limpamos os ferimentos dela. Havia muito sangue e fizemos o primeiro atendimento. Ela ainda corre risco de morte”, explicou.
Gisele Passos disse que a preocupação agora é determinar se houve alguma lesão interna. “Os ferimentos externos foram tratados e controlados. O nosso medo é ter causado alguma lesão interna, porque nos disseram que ela havia engolido o artefato quando ele explodiu. Os exames desta quinta vão nos atualizar. Ela estava com muita dor e foi sedada. Nesta manhã já está acordada e mantivemos o analgésico”, contou.
Já está aberta a arrecadação de verbas para cobrir os custos do tratamento. As pessoas interessadas em fazer doações devem procurar a clínica, na Rua Doutor José Procópio Teixeira, 4/101, no Bairro Bom Pastor.
A integrante da Associação Vida Protegida, que auxiliou no resgate da cadela, Jussara Araújo de Almeida, destacou a importância desses casos ganharem visibilidade. “Desta forma, as pessoas vão se conscientizar de que é crime. Infelizmente ainda há muitos casos. Com a delegacia e o início de inquéritos, as situações aparecem. Assim que os envolvidos forem responsabilizados, acreditamos que isso pode mudar”, disse ao G1.
Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo