Um homem confessou ter ateado fogo em um gato vivo na cidade de Santa Albertina, no interior do estado de São Paulo. Ao ser questionado pelos policiais, ele afirmou que incendiou o corpo do animal para se vingar após o gato mordê-lo e arranhá-lo.
Além de ter cometido o crime, o agressor também filmou o gato agonizando. Nas imagens, gravadas no quintal de uma casa, é possível notar que havia mais um homem no local.
O vídeo mostra o gato caído ao chão, aparentemente ferido, momentos antes de ter seu corpo incendiado. Durante a gravação, um dos homens pede para o outro jogar álcool no gato e riscar um fósforo. Em seguida, o animal aparece com o corpo incendiado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
Encaminhadas às autoridades, as imagens serviram de prova em uma denúncia feita à Polícia Militar Ambiental (PMA), que determinou que uma equipe fizesse buscas pelos homens na manhã de sábado (24). Identificados e localizados, eles foram detidos e encaminhados à delegacia de Santa Albertina.
Um dos agressores do animal teria afirmado à polícia que pretendia abandonar o gato, o que configura crime. No entanto, o homem alegou ter mudado de ideia, decidindo atear fogo no animal vivo, após ser mordido e arranhado pelo gato.
O animal, conforme apurado pela reportagem da TV TEM, era tutelado pela ex-esposa do homem que o matou. Em entrevista à emissora, ela afirmou que se separou, tendo deixado seu lar, após ser agredida e ameaçada pelo homem. A mulher relatou ainda que recebeu o vídeo do gato sendo assassinado no dia 30 de junho.
Depois de serem levados para a delegacia, um dos homens assumiu a autoria do crime e foi multado em R$ 6 mil por maus-tratos a animais, crime pelo qual ele deve responder na Justiça.
“Nos casos de crimes de maus-tratos, quando se trata de cão e gato, como é o caso, a pena é reclusão que vai de dois a cinco anos. Ou seja, é um crime inafiançável. Como não se trata de flagrante, essa pessoa foi ouvida e posta em liberdade, mas será instaurado um inquérito policial que apurará a responsabilidade criminal pela autoria desse crime”, afirmou o capitão da Polícia Ambiental Cassius José de Oliveira.