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Homem abandona dezenas de animais em Atouguia

16 de novembro de 2013
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Até o dia 12, apenas onze dos 55 cães foram recuperados e outro apareceu morto. Céu Romeiro, da APAAF, está desesperada e apela à ajuda de todos para dar um final feliz ao caso.

Mas a “história” tem vários anos. A associação está num terreno em Pessegueiro, Batalha, que José Vargas reclama como seu, apesar de não apresentar documentação que o comprove. Em 2011, a associação ainda tentou a legalização ou aquisição do terreno, mas abandonou a ideia e foi-lhe comunicado que teria que deixar do local até final do ano.

No entanto, as duas partes conseguiram chegar a acordo e ficou definido que José Vargas receberia um valor – 450 euros nos últimos meses – para cuidar dos animais. “Foi uma asneira que fiz. Esse senhor vedou-nos o acesso aos bichos e não os podíamos passear ou alimentar”, conta Céu Romeiro.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Para a presidente, tudo mudou quando o alegado proprietário soube que a associação ia deixar o terreno e mudar para outro local. “Eu fui ameaçada de morte e disse-me várias vezes que fazia mal aos animais. Isto é vingança. Ninguém pode largar 55 cães nos montes e não lhe acontecer nada”, refere Céu Romeiro, que apresentou queixa, na GNR de Fátima, por rapto, roubo e abandono de animais e por ameaça de morte.

Para José Vargas, o caso tem outros contornos. “Tinha um acordo para cuidar dos cães e receber 450 euros/mês. Há três meses que não me pagam nada. Disse a 30 de julho que abandonaria os animais, falei com várias associações e ninguém fez nada. A maior parte dos cães não tem vacinas, nem documentação. Estou de consciência tranquila e pronto para ir a tribunal, se for preciso, mas há dinheiro que me devem”, afirma. Ele pegou todos os animais da Associação Protetora de Animais Abandonados de Fátima (APAAF), e abandonou-os em Escandarão, freguesia de Atouguia, Ourém.

A APAAF continua à procura de animais e pede a quem avistar algum que ligue para 918 453 070.

*Esta notícia foi, originalmente, escrita em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: Região de Leiria

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