A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi palco de um encontro histórico que reuniu vozes de diferentes segmentos sociais, espirituais e ambientais em torno de um tema urgente e inadiável: “Emergências Climáticas e os Caminhos para um Futuro Justo para Todos”.

Presidido pelo deputado estadual Maurici, o evento foi realizado em parceria com a ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais, o movimento global Plant Based Treaty, a jornalista e ativista Silvana Andrade e o Instituto Nemi, representado por Gabriel Bittencourt.

O encontro destacou os efeitos devastadores da crise climática sobre seres humanos e não humanos, reforçando a necessidade de políticas públicas integradas e estruturadas, com foco na justiça ambiental, na redução das desigualdades socioambientais e no reconhecimento dos direitos da natureza.

Entre os destaques da programação, esteve a presença honrosa de Kabiesi Oba Adekunle Aderonmu, presidente do Centro Cultural Africano no Brasil, que fez uma fala emocionante sobre a visão ancestral africana em relação à natureza, ressaltando que “a Terra é sagrada, e toda vida deve ser respeitada como extensão do divino”.

Ao lado dele, também marcaram presença importantes representantes do Centro Cultural Africano: Iya Andreia de Yemoja, liderança espiritual que trouxe uma saudação repleta de força e sabedoria dos orixás, e Regina Cavenaghi, responsável pelas relações públicas da instituição, que ressaltou a importância da união entre cultura, espiritualidade e políticas públicas em prol do planeta.

A jornalista Silvana Andrade destacou a urgência de incorporar os direitos animais nas pautas ambientais: “A justiça climática começa quando reconhecemos o valor de todas as formas de vida. Não podemos mais separar humanidade, natureza e os animais.”

Além de uma reflexão profunda sobre a crise climática, o evento teve também caráter mobilizador: sinalizou o compromisso do Estado de São Paulo com ações concretas e sustentáveis rumo à COP30, que ocorrerá em Belém do Pará em 2025.

O encerramento foi marcado por um chamado à ação conjunta, pautado na justiça socioambiental, com inclusão, equidade e reconhecimento da dignidade de todos os seres. A união entre movimentos ambientais, espirituais e sociais demonstrou que o futuro só será justo se for construído de forma coletiva e compassiva.