Um filme de curta duração, intitulado O resgate da palanca negra gigante, foi exibido na manhã desta terça-feira, no pavilhão de Angola na Expo Shanghai 2010, retratando a história da espécie, mormente os esforços que levaram a sua localização, após o conflito armado, em Angola, durante o qual esteve em risco de extinção.
Assistido por uma plateia constituída por jornalistas chineses de diferentes órgãos de comunicação social, o documentário foi antecedido de uma apresentação de slides, cujos esclarecimentos foram feitos pelo coordenador do projecto de localização e conservação da espécie, Pedro Vaz Pinto, que se deslocou a propósito a Shanghai.
A palanca negra gigante (Hippotragus niger variani) é uma subespécie rara que existe apenas na província de Malanje, em Angola.
Descrita em 1916 após a sua descoberta por Frank Varian, em 1909, um engenheiro britânico que trabalhou para os Caminhos de Ferro de Benguela , este animal, com chifres enormes, é provavelmente o mais belo e real de todos os antílopes.
O referido antílope é um dos mais raros animais de grande porte, com um leque muito restrito, limitado a áreas ribeirinhas do rio Kwanza, na província de Malanje.
Devido a sua raridade, foi incluída na lista das espécies sob proteção absoluta (Classe A), aprovado pela Convenção sobre a Protecção da Fauna e Flora Africano, no início de 1933.
Com o único objetivo de proteger este animal, o Santuário da Palanca Real (Royal Sable Sanctuary) foi criado em 1938 e, em seguida, atualizado para a categoria de Reserva Natural Integral do Luando, em 1955.
Do animal mais emblemático de Angola, a seleção angolana de futebol tomou o nome de “Palancas Negras” e a companhia aérea nacional, a TAAG, adotou como emblema uma cabeça de macho adulto – o único que se veste de preto na idade adulta e cujos chifres “gigantes” podem medir até 1,5 metro.
Fonte: ANGOP