A repercussão da história da cadelinha morta no último dia 28, após ser envenenada e espancada por um segurança da rede Carrefour, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, chegou à França, país de origem da rede de hipermercados.
O jornal Courrier International citou que, segundo Isabela Marcelino, internauta que primeiro denunciou o fato, um gerente do estabelecimento pediu ao segurança para se livrar da cadelinha antes da chegada de altos executivos do grupo. “Era para fazer uma ‘limpeza’, eles não queriam um cachorro abandonado, vagando pelo local. Eles ordenaram a eliminação do animal”, destacou o Courrier, usando também como referência o jornal Valor Econômico.
A versão francesa do Huffington Post publicou que a história da cadelinha começou bem: uma cadela abandonada, encontrada nas dependências do Carrefour, havia sido recolhida pela equipe do mercado durante o mês de novembro: “Alguns deles lhe deram comida e água. Mas uma decisão da gerência mudou o destino da pobre cadela.”
O parisiense Wamiz, um dos portais mais populares sobre animais domésticos na França, qualificou o episódio como um escândalo: “O gerente do estabelecimento teria pedido que a cadela fosse eliminada por um segurança. Por quê? Simplesmente por causa da visita de altos executivos. Podemos ver o sangue dela nas fotos compartilhadas no Facebook. A cadela infelizmente não sobreviveu…”
O Bom Dia Brésil lembrou que o Carrefour anunciou recentemente investimento de 1,8 bilhão de reais no Brasil em 2019, e agora tem de lidar com um caso de abuso de animais que irritou os internautas brasileiros: “Em questão, a morte de uma cadela abandonada em sua unidade em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo”. A versão francesa do Yahoo Notícias também divulgou a história, citando que um segurança, sob a responsabilidade do Carrefour, deu ao animal mortadela envenenada e golpes violentos.
Errata: a ANDA divulgou inicialmente que o animal morto no Carrefour era um cachorro e, momentos depois, informou que havia sido descoberto que, na verdade, tratava-se de uma cadela. A notícia correta, entretanto, é de que o animal era macho. Informações erradas divulgadas por ativistas do Instituto Luísa Mell e da ONG Bendita Adoção levaram a uma confusão sobre o sexo de Manchinha. No entanto, neste domingo (16) a ativista Beatriz Silva, da Bendita Adoção, reforçou que o cachorro era macho e afirmou que “depois de muita confusão dos funcionários”, o sexo do animal foi confirmado em vídeos.