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Hipotireoidismo também afeta os animais

15 de fevereiro de 2011
2 min. de leitura
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Assim como nos humanos, os hormônios também são essenciais para a harmonia no funcionamento do organismo dos animais. Dentre todos os desequilíbrios hormonais, os localizados na glândula tireóide são os mais comuns para os cães. “Os hormônios tiroxina (T4) e triidotironina (T3), são produzidos pela glândula tireóide, localizada no pescoço em ambos os lados da traquéia”, explica o Diretor Clinico do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani. “Os hormônios tiroidianos influenciam o metabolismo de importantes funções do corpo como a frequência cardíaca, o controle da temperatura corporal e funções mentais. A deficiência desses hormônios leva a uma diminuição da taxa metabólica, o que significa uma redução na velocidade que a células trabalham.”

A redução dos níveis dos hormônios tiroidianos pode ocorrer por uma série de fatores, conforme explica Quinzani, e levam a um quadro conhecido como hipotiroidismo. “Inflamações na glândula, uma falha crônica com a atrofia, por exemplo e, em casos raros, tumores podem ser os responsáveis pela diminuição da secreção desses hormônios”, cita. “É comum os tutores de cães esquecerem que várias funções do organismo de seu animal são comuns às suas e podem sofrer alterações. Por isso muitas vezes o animal apresenta sintomas de problemas hormonais, por exemplo, e o tutor não tem idéia do que está causando as alterações.”

O médico veterinário explica ainda que os sintomas mais comuns do hipotireoidismo são: ganho de peso, intolerância ao frio, sonolência ou apatia e uma variedade de alterações da pele ou pelos. “As alterações cutâneas mais comuns são perda de pelos, mudanças na cor e qualidade do pelo, e predisposição a infecções cutâneas. Os sinais menos comuns incluem alterações reprodutivas e neurológicas”, alerta. O diagnóstico de hipotireoidismo é feito dosando a concentração dos hormônios tiroidianos (T3, T4 e T4 livre) no sangue. Se as concentrações desses hormônios estiverem baixas, outros testes podem ser realizados para determinar se a diminuição é por problema na tiróide ou por outras doenças ou medicamentos. “É preciso estar atento a animais que apresentam alterações de peso mesmo quando uma dieta balanceada é mantida. É importante sempre buscar atendimento veterinário em locais que possuam estrutura adequada para solicitar ou oferecer os exames laboratoriais necessários para diagnosticar quadros como o de hipotiroidismo.”

O hipotiroidismo é mais comum em cães de médio e grande porte e muito raro em gatos. As raças predispostas a apresentar o problema são: Labrador, Golden Retriever, Dobermann, Boxer, Cocker e Sheepdog. “Todas as patologias apresentam raças mais ou menos propensas e não há uma explicação genética para esse fator”, destaca Quinzani. “Os estudiosos acreditam que é uma consequência dos cruzamentos e da seleção natural que aconteceu ao longo dos anos.” Quinzani esclarece ainda que, felizmente, a doença pode ser facilmente tratada com medicação oral e geralmente as alterações provocadas por ela começam a melhorar após as duas primeiras semanas de cuidados. “Na maioria dos casos, o tratamento e acompanhamento do animal que apresenta hipotiroidismo são mantidos pela vida toda.”

Fonte: Bagaraí

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