Hipopótamos, morsas e baleias receberão proteção legal adicionou como parte do esforço de combate ao tráfico de marfim. Com a repressão crescente à caça de elefantes para o roubo de presas, criminosos estão indo em busca de outros animais que também tenham dentes e presas de marfim. Um levantamento feito pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra) aponta que além dos elefantes, que encabeçam a lista, hipopótamos, orcas, cachalotes, narvais e morsas então entre as principais vítimas de caçadores.
A proteção estendida faz parte do plano de ampliar o Ato do Marfim para incluir mais espécies. Uma consulta feita pelo Defra apresenta três opções: manter a proibição atual do marfim de elefante apenas no Reino Unido, estender a lei apenas ao hipopótamo e estendê-la às cinco espécies listadas. As espécies que são caçadas em razão do marfim também sofrem outras ameaças como as mudanças climáticas e a destruição de seus habitats pela ação humana. O Ato do Marfim não sofre alterações desde 2018 e regula a importação, exportação e comercialização de itens de marfim.
O Ministro Internacional do Meio Ambiente, Lord Goldsmith, acredita que as leis precisam acompanhar as transformações sociais. “A Lei do Marfim é uma das proibições mais duras desse tipo no mundo e envia uma mensagem clara de que estamos fazendo tudo o que podemos para salvar os elefantes da ameaça de extinção. No entanto, o comércio de marfim é uma ameaça para a conservação de outras espécies magníficas, como o hipopótamo, o narval e a morsa, que estão em perigo”.
O Dr. Mark Jones, porta-voz da Fundação Born Free, pontua que isso é fundamental para a evolução do Reino Unido. “O fechamento dos mercados de marfim de elefantes é um passo essencial para garantir um futuro para os elefantes. No entanto, ao focar apenas no comércio de marfim de elefante, outras espécies que carregam marfim podem sofrer, pois os comerciantes e consumidores de marfim procuram alternativas. Ao dar esse passo, o Reino Unido pode enviar um sinal claro para o resto do mundo que matar animais para esculpir enfeites com seus dentes não é aceitável no século 21.”