A rede de televisão libanesa Al-Manar, ligada ao grupo islâmico Hezbollah, publicou recentemente em seu site a notícia da captura de uma águia com identificação israelense. A ave foi abatida por caçadores e parecia ter um dispositivo de transmissão em suas costas, o que levou a Al-Manar a ventilar o possível uso do animal para espionagem.
As águias Bonelli estão ameaçadas de extinção. O ornitologista israelense, Yossi Leshem, disse nesta quinta-feira (18) que restam apenas nove casais da espécie em idade reprodutiva. O aparente dispositivo de espionagem é na realidade um recurso de rastreamento para manter controle das últimas águias vivas e tentar evitar sua extinção.
A prática feita pela Universidade de Tel-Aviv é comum entre pesquisadores do mundo todo. Leshem, que colabora com estudos na Palestina e Jordânia diz que o campo de conservação animal depende imensamente da cooperação regional.
Recentemente um falcão também foi capturado na Turquia com a mesma suspeita de espionagem. Leshem demonstrou indignação ao comentar os casos.
“Todos estes países usam o mesmo método de pesquisa e usam os mesmos dispositivos eletrônicos para rastrear aves e mamíferos, ainda assim, a paranoia persiste no Oriente Médio”, disse o pesquisador.
Fonte: Paraná Online
Nota da Redação: Aqui vemos duas formas de maus-tratos. Primeiramente há a exploração do animal como um objeto de espionagem e depois o seu assassinato, como se ele fosse responsável pela espionagem que seus cruéis tutores promovem. Nenhum dos dois atos têm qualquer justificativa, pois a exploração animal precisa ser abolida em todas as formas que ela pode tomar.