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Estado do Havaí (EUA) bane o uso de pesticida ligado a danos cerebrais

23 de junho de 2018
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De uma arma de guerra criada pela Alemanha nazista, o Chlorpyrifos se transformou em um pesticida amplamente utilizado nos dias atuais.

Estudos científicos ligam o produto químico, assim como outros da sua classe, a danos cerebrais, problemas respiratórios, redução de QI e distúrbio de déficit de atenção, convulsões e até morte naqueles que entram em contato com quantidades significativas do mesmo.

Em geral, os mais afetados são os trabalhadores rurais e as crianças. Mas todo e qualquer ser, humano ou não, que tenha acesso direto ao produto pode sofrer as severas consequências de ser exposto ao produto.

A principal empresa a fazer uso da substância é a gigante Dow Chemical, que pulveriza o produto químico nas frutas, verduras e outros itens alimentares cultivados nos EUA – e distribuídos para o resto do mundo.

Recentemente, os legisladores do estado do Havaí proibiram o uso de produtos químicos perigosos nas culturas da região. Mas o governo federal norte americano, mesmo com as evidências incontestáveis e o trágico histórico da substância, pouco fez para combater o seu uso.

Reprodução | Care2

Pelo contrário. O chefe da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, da sigla em inglês), Scott Pruitt, em conjunto com o resto da administração Trump têm investido esforços em tentar encobrir os dados que ligam o pesticida aos malefícios à saúde.

No mínimo irônico que um órgão governamental cuja principal função é proteger a saúde e o bem-estar do povo americano esteja mais preocupado em manter a população no escuro sobre o tema – já que os resultados comprovam que não há outra saída a não ser banir o uso da substância.

Inúmeras organizações e grupos de defesa do meio ambiente têm participado de campanhas e criado espaços propensos para debater o assunto com a população. Conscientizar e informar as pessoas é o primeiro e mais eficaz caminho para combater ações que tem sérias consequências não apenas para humanos.

Por enquanto, a iniciativa sobre o uso ou não do pesticida fica por conta de cada estado. Que a ação do Havaí seja vista como uma grande vitória, e abra um precedente para que os demais estados dos EUA sigam seus passos.

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