Por David Arioch
De acordo com o jornal alemão Die Welt de hoje, o Beyond Burger, da Beyond Meat, há pouco tempo chegou às três mil unidades da rede de supermercados Lidl e já está fora de estoque.
Segundo a publicação, isso revela a tendência crescente por alternativas à carne na Alemanha e mostra que a Lidl subestimou o interesse do consumidor por esse tipo de produto – atraindo reclamações de muitos consumidores que “também queriam entrar na era sem carne”.
Também diz muito também sobre as mudanças nos hábitos dos consumidores, ainda mais considerando que uma pesquisa global de mercado realizada pela Mintel no ano passado apontou a Alemanha como líder no lançamento de produtos sem ingredientes de origem animal.
Ainda assim, a Alemanha não apenas produz como também está importando produtos de outros países – como é o caso das alternativas à carne da Beyond Meat, dos Estados Unidos. Só de julho de 2013 a junho de 2018, o país o número de veganos no país teve crescimento de 240%.
Outro fato interessante e digno de menção é que a antiga Federação Vegetariana da Alemanha, atual ProVeg International, sediada em Berlim, inaugurou em novembro uma incubadora para dar suporte a quem quer investir no mercado de produtos vegetarianos e veganos.
A iniciativa é coordenada por Sebastian Joy, CEO e fundador da ProVeg, e por Jan Bredack, fundador da rede vegana de supermercados Veganz, além de outros empresários e investidores do mercado vegetariano e vegano.
“Muitas empresas iniciantes que querem atender à crescente demanda por novos produtos de origem vegetal acham difícil entrar nesse mercado. Muitas vezes há falta de recursos financeiros, know-how econômico ou infraestrutura”, informa Sebastian Joy.
E acrescenta: “Por isso, a Incubadora ProVeg oferece suporte a empresas iniciantes no desenvolvimento de seus produtos e em todas as etapas do processo de entrada no mercado.”
Iniciativas como essa mostram que não é por acaso que atualmente a Alemanha é o país que mais lança produtos veganos no mundo. Segundo a ProVeg, somente em Berlim, mais de 40 mil startups surgem a cada ano. Esse senso de união, inovação, contribuição e coletividade talvez seja o que falte em outros países para que mais empreendedores possam prosperar nesse mercado.
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