Animais em extinção monitorados por colares com GPS estão se tornado alvo de ataques virtuais. Hackers estão vendendo a localização dos bichos para caçadores que lucram com o comércio dos animais no mercado ilegal.
Uma ação do tipo foi registrada em 24 de julho do ano passado em Pana, reserva de tigres de bengala localizada na Índia. Na ocasião, hackers tentaram ter acesso à localização de um dos tigres – fornecida por e-mail a apenas três pesquisadores. Entretanto, o ataque não teve sucesso, como relata o site da revista Popular Science.
De acordo com dados do Fundo Mundial pela Vida Selvagem, um tigre de bengala chega a ser vendido por 50 mil dólares no mercado do tráfico de animais, que anualmente movimentaria soma próxima a 10 bilhões de dólares, após o impulso recente possibilitado pelas vendas online.
Monitorados valem muito
Entre outros problemas, o monitoramento de animais em extinção por GPS implica investimento pesado em dispositivos eletrônicos.
Atualmente, implementar a tecnologia que indica a exata posição de um animal não sai por menos de 5 mil dólares.
O alto custo da operação faz com que pesquisadores optem por monitorar apenas as espécies mais ameaçadas – que, em geral, chegaram a essa condição por serem mais valiosas no mercado da caça.
Assim, saber onde está um animal deste tipo pode valer muito dinheiro – o que estimula ainda mais os ataques dos hackers.
Entre as soluções para o problema apontadas por especialistas, estão o investimento num sistema de monitoramento com segurança reforçada (como já acontece na Namíbia) ou mesmo na vigilância de reservas por drones – que deve ser implementada em breve no Quênia.
Até lá, animais selvagens em extinção vão continuar na mira de hackers e caçadores.
Com informações de Exame