Por Claudia Braghetto
O passageiro clandestino, um guaxinim, sobreviveu à jornada de quatro semanas pelo oceano Atlântico dentro de um contêiner no navio. As informações são do Daily Mail.
Meeko pulou dentro do contêiner em Davenport, Iowa, EUA, antes de ser enviado por trem para Halifax, no Canadá.
Foi então colocado em um navio e enviado para Liverpool, na Inglaterra.
O animal só sobreviveu a viagem de três mil milhas por ter comido papelão e ter lambido a condensação do ambiente.
A carga então foi levada por 300 milhas até Ebbw Vale, em South Wales, onde trabalhadores da Sears Seating – que aguardavam uma entrega de peças de máquinas – descobriram o animal.
O guaxinim foi levado ao Santuário de Primatas de Wales, em Abercave, onde recebeu comida e água.
Meeko está agora no centro de quarentena para raiva do santuário e, de acordo com a equipe, está “indo bem”.
Jan Garen, que administra o santuário com seu marido Graham, contou ao South Wales Evening Post: “Ela veio todo esse caminho da América, nós sabemos disso porque ela chegou dentro de um contêiner entregue a Sears Seating em Ebbw Vale, via Liverpool”.
“Quando eles a viram, notificaram o DEFRA, Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, não tinham outra opção.”
“O DEFRA então entrou em contato conosco, pois possuímos instalações de quarentena para mantê-la lá.”
A fêmea adulta, chamada de Meeko pela equipe, mesmo nome do guaxinim no desenho Pocahontas, estava muito debilitada quando chegou.
A senhora Garen acrescentou: “Ela está se acostumando com a gente, mas passou por maus bocados. Ela esteve trancada naquele contêiner por quatro semanas e sobreviveu, de alguma forma, bebendo a condensação e comendo papelão”.
“É óbvio que ela não era um animal doméstico, ela é um animal selvagem, então precisa ser tratada com muito cuidado.”
Se fartando em uma dieta de frutas, ovos cozidos e biscoitos para gatos, Meeko parece estar muito feliz em seu novo lar – e deve permanecer lá a princípio.
A senhora Garen disse: “Nós temos que mantê-la, pois é muito caro enviá-la de volta e não é provável que as autoridades americanas assumam a conta”.
“Eles são como raposas na América, você pode imaginar nosso governo pagando para mandar de volta uma raposa?”, explica Garen sobre o descaso governamental em relação as questões animais.
O santuário, que era uma fazenda galesa tradicional, mas agora resgata animais abandonados, está pedindo doações para criar um lar permanente para Meeko.
A senhora Garen, cujo santuário cuida de mais de 15 tipos de animais, disse: “Nós teremos que construir para ela um local para viver com uma área para escalar, este será outro gasto e nós dependemos totalmente de doações”.