O prefeito de Guarujá (SP), Válter Suman (PSDB), sancionou uma lei que institui no calendário oficial da cidade a “Semana da Vaquejada”, que viola direitos animais.
A medida, que permite a exploração e tortura de animais sofrem para o entretenimento humano, foi publicada no Diário Oficial do Município na última terça-feira (05/10).
A lei estabelece que a “Semana da Vaquejada” será comemorada anualmente no mês de outubro como um “evento cultural nordestino”, financiada com dinheiro público do orçamento municipal. A prefeitura ainda não divulgou se será realizado um evento deste tipo ainda em 2021.
Na vaquejada, dois homens montados em cavalos perseguem um boi com o objetivo de derrubá-lo puxando-o pelo rabo. A prática é cruel, já que o animal é condicionado e forçado a participar da atividade.
A proposta é de autoria do vereador Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB) e foi aprovada na Câmara Municipal de Guarujá em setembro. O parlamentar comemorou a sanção nas redes sociais. Nos comentários, internautas classificaram a lei como “retrocesso” e “barbárie”.
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Médicos veterinários, juristas e técnicos já demonstraram que a prática da vaquejada é extremamente cruel, sujeitando os animais a estresse extremo, maus-tratos, risco de fraturas, contusões, mutilações e morte.
Os maus-tratos não se limitam aos poucos minutos do espetáculo na arena: estendem-se aos treinamentos prévios exaustivos, às práticas utilizadas para fazer com que os animais – por natureza tranquilos e contemplativos – ingressem aos saltos na arena e ao sofrimento resultante de contusões, fraturas e mutilações sofridas durante a perseguição e derrubada.
Nota da Redação: a medida mais benéfica para os animais seria acabar com eventos como vaquejadas e rodeios no Brasil. Da mesma maneira que há pressão por parte de grupos de proteção animal para que países europeus e latino-americanos acabem com as touradas, os rodeios são, no Brasil, uma amostra desta exploração e da tortura que animais sofrem para o entretenimento humano.
