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Guarda Costeira dos EUA alerta sobre impactos de explorações de petróleo no Ártico

24 de julho de 2017
3 min. de leitura
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Cartaz contra exploração de petróleo no Ártico
Foto: Greenpeace

Em Abril, a Trump assinou uma ordem executiva para ampliar as perfurações de petróleo e gás offshore para grandes partes dos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico.

“Estamos abrindo isso. Hoje estamos liberando a energia americana e abrindo caminho para milhares e milhares de empregos energéticos americanos de grande remuneração”, disse Trump ao assinar a Primeira Estratégia de Energia Offshore da América.

A decisão ordenou ao Departamento do Interior que reexaminasse as políticas colocadas em prática por Obama, que em um de seus últimos atos como presidente restringiu a exploração offshore no Atlântico e no Ártico até 2022.

Quando Trump assinou a ordem, o Secretário do Interior Ryan Zinke declarou aos jornalistas: “Iremos analisar tudo. Uma nova administração deve considerar as políticas e assegurar que as políticas sejam apropriadas”.

No último mês, a Casa Branca fez novas tentativas de revogar o plano de cinco anos do governo Obama, proibindo a exploração de petróleo e gás no Ártico, segundo o Ecowatch.

“Há uma consequência quando você coloca 94% de offshore fora de nossos limites. Há uma consequência em não colher árvore, em não usar algumas de nossas terras públicas para a criação de riqueza e empregos”, disse Zinke em um discurso.

Trump autorizou a empresa italiana de petróleo Eni a perfurar poços exploratórios ao largo da costa do Alasca.

Em resposta, Kristen Monsell, advogada do Centro de Diversidade Biológica, disse: “Um vazamento de óleo aqui causaria prejuízos incríveis, e seria impossível limpar”.

Agora, em uma devastadora e intransigente repreensão para Trump e Zinke, o chefe da Guarda Costeira dos EUA concordou com o Centro de Diversidade Biológica: os EUA não conseguem limpar com êxito um vazamento de petróleo no Ártico.

O almirante Paul Zukunft, que atuou como coordenador federal do derramamento de petróleo da Deepwater Horizon, disse em um simpósio de Washington – organizado pela Comissão de Pesquisa do Ártico dos Estados Unidos e pela NOAA – que não é possível recuperar todo o petróleo se houvesse um derramamento no Ártico.

“Posso garantir que, se houver um derramamento de petróleo, não iremos recuperar todo esse petróleo. Nos melhores dias, durante a limpeza do Deepwater Horizon, talvez recuperemos 15%”, disse.

Ele terminou alertando: “Não sabemos o que a Mãe Natureza faria e não conhecemos os impactos em longo prazo para um dos ambientes mais prístinos do mundo”.

Ele não está sozinho: o ex-oceanógrafo da Marinha, o Contra-Almirante Jonathan White, declarou que ainda não há métodos comprovados de limpeza de um derramamento de petróleo no gelo.

Os alertas ocorrem quando a Casa Branca começa o processo de tentar autorizar a perfuração no Arctic National Wildlife Refuge do Alasca, considerado há muito tempo como uma das últimas áreas para animais selvagens nos EUA.

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