Um grupo formado por seis homens e um menor foi detido por agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no final da tarde de sábado, 4, por abater sete capivaras – cinco adultas e dois filhotes – no interior da Estação Ecológica do Taim (Esec). As capivaras adultas foram abertas e tiveram as vísceras retiradas. Os filhotes foram degolados. Conforme o administrador da unidade de conservação, Amauri Motta, a retirada das vísceras é feita para aliviar o peso.
O grupo usou três cães para pegar as capivaras e foice e faca para abatê-las. Motta relatou que os homens entraram pela área da praia, numa kombi com placas do município de Portão, mas apenas o motorista era desta cidade. Os outros homens são moradores da Querência, localidade do balneário Cassino. Os suspeitos já têm passagens pela polícia, sendo que dois estariam em condicional. O grupo foi abordado na área da base costeira da Esec e levado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), no centro do Rio Grande.
O veículo, o material utilizado pelos acusados, os cães e as capivaras abatidas foram apreendidos. Os cães foram enviados para o Canil Municipal, e a Kombi para um depósito. Já as capivaras, foram incineradas. Na DPPA, após o registro da ocorrência, os acusados assinaram um termo de comprometimento e irão responder processo em liberdade. O menor infrator foi liberado para a família. A administração da Estação Ecológica vai pedir ao Ministério Público Federal (MPF) que a família do jovem seja responsabilizada.
O inquérito policial foi instaurado com base no artigo 25 da Lei 9.605 – de crimes ambientais. Amauri Motta acredita que a carne das capivaras seria comercializada na região do Cassino. O caso será encaminhado também ao MPF. No processo administrativo junto ao ICMBio, deverão ser fixadas multas com base no registro feito na DPPA. A multa deverá ser de R$ 2 mil a R$ 3 mil para cada integrante do grupo. “A partir de hoje, estamos intensificando a fiscalização, inclusive com apoio da Brigada Militar. Vamos manter vigilância bem mais severa”, ressaltou Motta.
Fonte: Jornal Agora – Sul