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PELO FIM DO CATIVEIRO

Grupo de defesa dos direitos animais processa Zoológico e Aquário de Pittsburgh (EUA) e exige libertação de elefantes, com visíveis sinais de trauma e estresse

26 de outubro de 2025
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto do Pittsburgh Zoo & Aquarium mostra os elefantes Victoria e Zuri em movimento que demonstra estresse.
Foto: Pittsburgh Zoo & Aquarium

O grupo norte-americano Nonhuman Rights Project (NhRP), conhecido por atuar juridicamente em defesa dos direitos animais, entrou com uma ação na Justiça do Condado de Allegheny, na Pensilvânia, contra o Zoológico e Aquário de Pittsburgh. A organização pede a libertação de cinco elefantes mantidos em cativeiro e uma ordem judicial para impedir novas transferências até que o caso seja julgado.

Os elefantes citados na ação — Angeline, Savanna, Tasha, Victoria e Zuri —, segundo o NhRP, sofrem física e psicologicamente por viverem privados de liberdade. O grupo afirma que imagens registradas no zoológico mostram comportamentos típicos de estresse e trauma, como balançar o corpo e mover repetidamente a cabeça, sinais comuns em animais submetidos ao confinamento prolongado.

A ação foi movida dias depois de o zoológico anunciar que as elefantas Victoria e Zuri seriam levadas para um centro de reprodução em Fairhope, no Alabama. O NhRP pede que a transferência seja suspensa até que a Justiça decida sobre o destino dos animais.

Especialistas em comportamento de elefantes que apoiam a iniciativa afirmam que o confinamento e a separação familiar provocam sofrimento intenso. Na natureza, mães e filhotes permanecem juntos por toda a vida, formando laços sociais profundos. Segundo a entidade, as práticas do zoológico violam esse vínculo essencial e perpetuam um modelo ultrapassado de entretenimento baseado no encarceramento de seres sencientes.

Este é o primeiro caso do tipo na Pensilvânia. O NhRP argumenta que elefantes e outros animais altamente inteligentes devem ser reconhecidos como sujeitos de direito, não como propriedade. A ação busca estabelecer um precedente que reforce a necessidade de repensar o uso de animais em zoológicos e parques aquáticos.

O Zoológico de Pittsburgh foi procurado pela imprensa local, mas até o momento não se manifestou.

Elefante Sandro sofre com o cativeiro. Foto: Reprodução/Change.org

Casos semelhantes estão acontecendo em outros países, como o do elefante Sandro, mantido por décadas em cativeiro no Brasil. Assim como o Nonhuman Rights Project faz nos tribunais norte-americanos, organizações de defesa animal brasileiras vêm pedindo o reconhecimento de Sandro como um ser senciente, com direito à liberdade e bem-estar. A ação movida pelo MP junto com a ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) busca sua transferência do zoo de Sorocaba para o Santuário de Elefantes Brasil, no Mato Grosso, onde ele poderá viver em ambiente natural e socializar com outros elefantes. O caso Sandro reforça um movimento global que questiona a legitimidade ética e jurídica de manter animais altamente inteligentes e sociais em cativeiro sob o argumento de conservação ou entretenimento. Uma petição iniciada pela ANDA, pela atriz Bianca Bin e mais de 40 artistas, pede a transferência urgente do elefante para o Santuário. Assine AQUI.

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