A Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada, foi palco de uma ação de rua em manifesto contra os touros e as touradas nos Açores.
O movimento cívico ATA – Abolição da Tauromaquia nos Açores desaprova a atribuição de fundos públicos a eventos tauromáquicos.
A ação designada por “Açores sem financiamento à violência”, organizada pela ATA Abolição da Tauromaquia nos Açores, divulgou os apoios financeiros públicos atribuídos às touradas, pelo Governo Regional, nos últimos quatro anos, considerando que “milhões de euros” tiveram “destino pouco digno aos nossos impostos”.
“Os nossos impostos devem ser aplicados no bem-estar da sociedade, sem crueldade, sem sangue e pela dignificação de todos os cidadãos. Nós, cidadãos e cidadãs, nascidos ou residentes nos Açores, exigimos ser respeitados e tratados com dignidade pelas entidades governamentais desta região. Juntos podemos alterar mentalidades e induzir algumas mudanças”, pode ler-se no manifesto que, embora indique a palavra Açores, deixa registado numa das fotografias que o alvo é a ilha Terceira, afinal lugar de tradição taurina ao contrário de São Miguel.
Protestos mil
A lista de argumentos a sustentar a abolição da tauromaquia na ilha Terceira, indicada pela ATA – Abolição da Tauromaquia nos Açores, começa por referir “as dificuldades econômicas que temos sentido nos últimos anos; os parcos apoios à Cultura e Criação Artística nos Açores; e os reduzidos apoios a Organizações Não Governamentais, sem fins lucrativos, que prestam serviço público”.
Indica ainda “a falta de oportunidades de fixação de jovens nos Açores; a falta de apoios à Educação Cultural, dentro e fora da Região; a escassez de programas e planos de Educação Ambiental”, bem como “que a crueldade não pode fazer parte de práticas de uma sociedade digna; que a violência e tortura não promovem a imagem da Região; e que, já há muito tempo, a ciência afirma que os animais sentem dor e medo”.
com inforamções de A União