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Grupamento Marítimo em Itaipu (RJ) salva mais de 120 animais em um ano

26 de fevereiro de 2012
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Unidade é considerada um dos quartéis que mais resgatam animais silvestres, como micos dourados e bichos preguiça, devolvendo-os para a natureza no estado do Rio.

O aspirante a oficial Ricardo Alves foi um dos responsáveis pelo resgate de uma cobra na Região Oceânica. Foto: Lucas Dumphreys

A rotina de um guarda-vidas não é restrita apenas ao resgate de pessoas, o compromisso deles é com a vida, independentemente de que espécie seja. A Corporação do 4º Grupamento Marítimo (GMar), em Itaipu, realiza a função com muita dedicação e eficiência, podendo ser considerado um dos quartéis que mais resgatam animais silvestres, devolvendo-os para a natureza no estado do Rio. “Nosso lema é ‘vidas alheias e riquezas salvar’; não diz ser apenas humanas, por isso damos nosso sangue para o que preciso for”, declarou o major Fábio Santos. Na sexta-feira, a equipe resgatou uma jiboia em Itaipu.

De janeiro de 2011 a janeiro de 2012 foram contabilizados 122 registros de animais silvestres. Até maio de 2011, quando o Destacamento Bombeiro Militar de Maricá estava sob comando do 4º GMar, o número de ocorrências chegou a 157.

São tartarugas marinhas, bichos preguiças, ouriços, micos dourados, diversas espécies de aves marítimas; como fragatas, atobás, gaivotas e pinguins (em determinadas épocas do ano) e uma grande quantidade de cobras, de todas as espécies, sendo mais comum o aparecimento de jiboias; entre outros. Esses animais são, na maioria das vezes, encontrados feridos, resultados de acidentes de várias ordens, como atropelamento e descarga elétrica, entre outros. Para o major Wilson Queiroz, esta situação acontece por causa da migração destas espécies para a área urbana, fator comum com o crescimento, que vem interferindo no habitat natural das espécies.

“Os pássaros geralmente são resgatados com asas quebradas, os micos eletrocutados e as jiboias, assim como outras espécies; dentro de residências. Atribuo este último fator ao crescimento urbano, pois as casas estão tomando áreas silvestres, invadindo o habitat natural das espécies. Muitas pessoas assustadas pedem até mesmo para matá-los, mas não somos orientados a agir desta maneira. Nossa obrigação é devolvê-los, quando possível ao habitat natural, e quando necessário, a instituições competentes, no Rio. Não podemos esquecer que, em primeiro lugar, nosso compromisso é com a vida, independente de ser animal ou humana”, contou Queiroz.

Para lidarem com esse resgate específico, os homens da Corporação recebem o treinamento durante a formação, com métodos e técnicas de capturas, com o auxílio de equipamentos.

“Recebemos instruções de buscas e salvamentos para lidar com as diversas espécies de animais que possamos vir a ter contato. E além de termos equipamentos que possam ser utilizados em alguns resgates, na maioria das vezes, improvisamos umas espécies de redes para não machucar os animais”, contou Queiroz.

A equipe – Um coronel, três majores, quatro capitães, seis tenentes com um efetivo de 220 militares formam o 4º GMar, e são responsáveis pela área do Piscinão de São Gonçalo, todas as praias de Niterói e Maricá até o limite com Saquarema, no que diz respeito ao território marítimo. “Sendo que Maricá tem determinados pontos que são policiados por guardas municipais”, contou o major Fábio. A área terrestre compreende a Região Oceânica de Niterói até o Parque da Colina, fazendo o retorno. Além da RJ sentido Maricá–Niterói até o retorno de Rio do Ouro.

Com informações de O Fluminense

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