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CONFINAMENTO

Gripe aviária se espalha na Polônia e atinge granjas com cerca de 650 mil aves

A gripe aviária é uma doença que têm como origem a criação intensiva de animais para consumo e tem o potencial de se tornar uma nova pandemia

12 de novembro de 2021
Amanda Andrade | Redação ANDA
2 min. de leitura
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A gripe aviária
A gripe aviária é uma doença que têm como origem a criação intensiva de animais para consumo e tem o potencial de se tornar uma nova pandemia Foto: Reuters

A Polônia relatou vários focos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica em fazendas avícolas com grupos de quase 650.000 aves que vivem confinadas, disse a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na segunda-feira (08/11).

A Polônia é o maior produtor de aves da União Europeia. Cinco surtos, dos quais quatro em fazendas de engorda de perus e um em uma granja de frangos de corte, foram encontrados na parte oriental do país, enquanto outro foi descoberto em uma granja de perus e gansos na parte ocidental do país, disse a OIE, citando um relatório das autoridades da Polônia.

A gripe aviária é uma doença que têm como origem a criação intensiva de animais para consumo e tem o potencial de se tornar uma nova pandemia. Ela se se espalha mais frequentemente por aves selvagens migratórias e tem avançado rapidamente na Europa por causa do confinamento em massa dos animais.

Na última sexta-feira, o governo francês colocou todo o país em alerta máximo para a gripe aviária, estendendo a exigência de manter todos os grupos de aves nas áreas internas.

Isso aconteceu depois que as autoridades da Holanda no mês passado também ordenaram que fazendas comerciais mantivessem todos as criações nas áreas internas, depois que a gripe aviária foi relatada em uma fazenda.

Enquanto isso, no Reino Unido, um surto de gripe aviária altamente patogênica H5 foi relatado em uma pequena unidade avícola no centro da Inglaterra na segunda-feira. O Reino Unido declarou na semana passada uma Zona de Prevenção da Gripe Aviária em todo o país.

Próxima pandemia

Aves selvagens são culpadas com frequência pelos governos e a indústria por espalhar gripes aviárias para grupos migratórios, mas evidências mostram que o cultivo intensivo são ambientes favoráveis para o surgimento de vírus novos e mortais.

“Culpar aves marinhas não é mais uma desculpa defensável,” diz Rob Wallace, um virologista americano que argumenta que novas variantes de gripes emergentes estão se adaptando à produção industrial de aves. “A infiltração da influenza na criação industrial de animais é tão completa que agora essas fazendas agem como seus próprios reservatórios [de doenças],” ele diz. “Eles são sua própria fonte.”

Com mais de 20 bilhões de frangos e quase 700 milhões de porcos sendo criados de uma só vez, Wallace diz que as chances de variantes de novas gripes emergirem e serem transmitidas para humanos é alta.

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