Para defender a reprodução das baleias jubarte na região do Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, a AlmapBBDO criou para o Greenpeace uma campanha integrada – “Deixem as Baleias Namorarem” – que foi iniciada esta semana. Bem-humorada, ela é composta por seis anúncios, quatro filmes online e um na TV, um aplicativo para o Facebook e spots. Além disso, uma moratória foi instituída na Fan Page da ONG, que acaba de ser lançada, com o objetivo de impedir a exploração de petróleo e gás na região nos próximos 20 anos.
Dividida em duas partes, a campanha começa com anúncios, que serão veiculados nas revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Carta Capital e no jornal Brasil Econômico durante a semana. Depois serão veiculadas as ações online e, em seguida, o comercial da TV e spots para o rádio.
Interessantes e pitorescos, os filmes que serão veiculados apenas nas redes sociais são conversas bem-humoradas entre as baleias, que prometem divertir, sensibilizar e encantar. A assinatura “O amor das baleias é perfeito. Não deixe ninguém estragar”, seguida pelo endereço deixeasbaleiasnamorarem.org.br, dão o tom da ação.
No aplicativo criado para a Fan Page do Greenpeace no Facebook, os internautas podem enviar cartões virtuais para as páginas de amigos. Chamado de “Cantadas de Baleia”, eles trazem os roteiros dos filmes online em forma de diálogos divertidos.
Mais sobre esta ação do Greenpeace – Pérola do litoral baiano, Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho criado no Brasil, em 1983, com aproximadamente 910 km2. É a zona mais importante em biodiversidade marinha do Atlântico Sul e lar de mais de 1.300 espécies de invertebrados, peixes, tartarugas, aves e mamíferos marinhos. Destas espécies, 45 são consideradas ameaçadas pelo IUCN e pelo Ibama. É também área de acasalamento e reprodução de baleias jubarte, espécie que foi quase dizimada por séculos de caça comercial.
Com grande potencial turístico, Abrolhos atrai 80 mil visitantes a cada ano. Em todo o mundo, o turismo de observação de baleias tem potencial para arrecadar US$ 3 bilhões por ano e gerar 24 mil empregos. Estes dados indicam que há espaço para explorar comercialmente esta atividade no Brasil. Por outro lado, se Abrolhos sofrer danos por poluição ou vazamento, a pesca e o turismo serão severamente afetados.
Hoje, o entorno de Abrolhos encontra-se desprotegido. Não bastasse a pesca predatória, o aquecimento global e a cultura de camarão, a situação se agrava mais com o iminente licenciamento de blocos de exploração de petróleo em seu entorno. Nesse contexto, o Greenpeace pede uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo no banco de Abrolhos e a ampliação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos em 20%. A moratória é um acordo estabelecido pelo governo e pelo setor privado, respondendo à pressão dos brasileiros que desejam um modelo econômico mais verde e limpo para o Brasil.
Fonte: Revista Fator