Por Vanessa Serrão (da Redação)
Marion Acres é uma granja em Portland no Oregon (EUA) que divulga o assassinato de galinhas como se fosse um editorial de moda para tentar confundir o consumidor a ponto de não ter compaixão por esses animais.
Uma vez por ano, num evento chamado “Ladies’ Chicken Harvest “, que se inicia com uma oração, algumas mulheres maquiadas com baton vermelho, penteadas como Pin-up e vestidas com roupas vintage matam as galinhas, pois os organizadores acreditam que não há melhor maneira ser morto.
Numa grotesca combinação de especismo e sexismo, os participantes agem como se o sexo feminino tivesse um significado diferente perante a morte do animal em questão, que por sua vez, não tem sua vida devidamente valorizada como ser senciente numa dupla discriminação.
Desvalorização da vida
Este já é o segundo evento que contou com a participação de dez mulheres, entre amigas e familiares da granja Marion Acres, numa das colheitas sazonais e já estão ansiosos pelo próximo evento. As declarações são totalmente insensíveis ao massacre das 140 galinhas como a de Eliseu Joyce, uma blogueira de cultura alimentar e autora, que alega que foi profundamente afetado pelo evento e que a experiência mudou a forma como ela come e alimenta sua família. Ou de Amy que dizia estar nervosa, mas era o dia do acerto de contas, uma oportunidade de tomar conhecimento de como a morte acontece ao invés de apenas preparar a comida como fez a vida toda.
Por fim utilizam o bem estarismo para continuar a maquiar o destino cruel destes animais ao informar que as galinhas são bem cuidadas desde o primeiro dia de vida, pois vivem uma vida feliz na luz do sol no pasto fresco e quando o dia termina todas as mulheres vão para casa apreciando o local de onde veio a comida. No entanto, estes animais foram feridos, sangraram e morreram e isto deveria ser repulsivo para uma sociedade comprometida com a coexistência pacífica e saudável!