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PEDIDO DE LIBERDADE

Grandes hotéis são pressionados a fechar delfinários após proibição de apresentações de golfinhos no México

Com a proibição de shows com golfinhos no México, pressão aumenta sobre a Hyatt para fechar seus delfinários. ONG denuncia a reprodução forçada e convoca protestos globais contra a exploração.

5 de agosto de 2025
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Após o recente fechamento do delfinário Barceló em decorrência da morte de um golfinho, ativistas pelos direitos animais voltam sua atenção para a rede Hyatt, exigindo o fim da exploração de golfinhos e peixes-boi em seus dois parques aquáticos em Cancún, no México. A campanha #HotelsWithoutDolphins (#HoteisSemGolfinhos) ganha força com o envio de uma carta aberta assinada por organizações internacionais, incluindo Veeleaf, Marine Connection, Marea, Tide Breakers, Proyecto Galgo, Paul Watson Foundation e Oceanos De La Vida Libre.

O documento pressiona a multinacional a deixar de lucrar com o sofrimento animal, classificando a indústria dos delfinários como “cruel e ultrapassada”. A Hyatt, uma das maiores redes hoteleiras de luxo do mundo, é acusada de priorizar lucros em detrimento do bem-estar dos animais.

Apesar de uma lei que proíbe a exploração de golfinhos em shows ter sido aprovada recentemente no México, os indivíduos já confinados, incluindo os explorados pela Hyatt, não serão libertados, mas deverão ser mantidos sob padrões de bem-estar até sua morte natural. Por isso as organizações pedem que os animais aprisionados sejam libertos.

Ativistas anunciaram que manifestações serão realizadas em frente a hotéis Hyatt no México e no exterior. A iniciativa convoca voluntários a organizarem protestos locais, com apoio logístico das entidades envolvidas.

Enquanto isso, denúncias revelam que delfinários mexicanos estão acelerando programas de reprodução em cativeiro, prática que também está inclusa na legislação, mas ainda não foi oficialmente proibida. A SEMARNAT (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais) deu um prazo de três meses para a entrega de inventários oficiais com todos os golfinhos aprisionados, mas ativistas questionam a demora.

A pressão aumenta para que a Hyatt encerre suas operações com animais e siga o exemplo de outras redes que já aboliram essa prática. Enquanto isso, a sociedade se mobiliza para não deixar o silêncio das autoridades abafar o sofrimento desses animais.

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