A Grande Barreira australiana de corais sofreu sua maior queda anual de corais vivos em duas das três áreas monitoradas por cientistas desde 1986, informou relatório do Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS). As temperaturas oceânicas na região atingiram os níveis mais altos em pelo menos 400 anos e representaram uma “ameaça existencial” para o recife, que é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.
O relatório é o primeiro a documentar de forma abrangente os impactos do branqueamento em massa de corais ocorridos no início de 2024, considerado o mais generalizado e severo já registrado. Esses eventos estão cada vez mais próximos no tempo, afirmam especialistas. No caso da Grande Barreira de Corais, por exemplo, o branqueamento foi observado pela primeira vez em 1998 e se repetiu em 2002, 2016, 2017, 2020, 2022, 2024 e 2025.
“Chegaremos a um ponto crítico no qual a cobertura de corais não poderá se recuperar porque as perturbações ocorrem tão rapidamente que não há tempo para a recuperação. Precisamos mitigar as causas básicas do problema, reduzir as emissões e estabilizar as temperaturas”, disse Mike Emslie, que lidera o programa de monitoramento de recifes de longo prazo na Aims, ao Guardian.
De acordo com a ABC, o declínio da cobertura de corais duros em 2025 foi em grande parte impulsionado pelo estresse térmico induzido pelas mudanças climáticas, levando a eventos de branqueamento em massa e exacerbado por ciclones, inundações e surtos de estrelas-do-mar-coroa-de-espinhos.
Fonte: ClimaInfo