Mas para isso, eles estão desenvolvendo um método para destilar a proteína da grama, principalmente da variedade azevém, permitindo que humanos possam metabolizá-la. Segundo os pesquisadores, esse pode ser um grande avanço tratando-se de fontes mais sustentáveis de proteínas.
O pó resultante da grama, e já produzido pelos cientistas, tem um perfil de aminoácidos semelhante ao do whey protein, da soja e dos ovos. O objetivo também é reduzir o sabor naturalmente amargo da grama, favorecendo sua aplicação em diferentes preparos.
Em entrevista ao FoodNavigator publicada no último dia 12, o professor do Instituto Nacional de Alimentos da DTU, Peter Ruhdal Jense, destacou que uma das vantagens da grama é que é uma matéria-prima de baixo custo, assim como a soja.
“[A proteína da grama] deve ser um produto barato, que ofereça boas funcionalidades e seja saboroso”, disse Jense, acrescentando que especialmente entre os jovens que demonstram mais preocupação com a sustentabilidade e o meio ambiente a proteína de grama pode se popularizar rapidamente.
Antes da comercialização da proteína da grama, o produto deve passar por uma análise que comprove que é seguro para consumo humano. “O papel do instituto é contribuir para que nos aproximemos de uma mudança radical em nossos hábitos alimentares – longe das proteínas de origem animal que têm impacto adverso no meio ambiente”, justificou Peter Ruhdal Jense.
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