O governo britânico colocou nesta terça-feira (6) em consulta pública um projeto que prevê prisão perpétua para os tutores de cachorro, caso o animal mate alguma pessoa.
Todos os cães na Grã-Bretanha estão identificados por um microchip implantado no pescoço do animal, mas raças como fila brasileiro e pit bull terrier são proibidas e não existe cachorro em situação de rua. O cão que não tiver tutor é recolhido.
De vez em quando, acontecem casos dramáticos, como o da jovem Jade Anderson, morta por quatro cães quando visitava a casa de um amigo. O tutor não foi processado porque o ataque aconteceu dentro de uma propriedade privada. Os pais de Jade veem com bons olhos a proposta de aumentar a pena para os tutores, mas lembram que o mais importante é prevenir.
O tutor de um cachorro que mata uma pessoa na Grã-Bretanha fica, no máximo, dois anos na cadeia. O governo quer aumentar a pena, que pode chegar à prisão perpétua. A população está sendo consultada antes que a lei entre em vigor. A proposta está causando muita polêmica.
Um criminologista teme que muitos tutores abandonem os animais nas ruas por causa do medo de ir para a cadeia. Já carteiros e funcionários de empresas de telefonia, que sofrem cinco mil ataques por ano, são totalmente a favor ao aumento da pena.
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