Por Lobo Pasolini (da Redação)
A líder do Partido Pelos Direitos Animais Holandês e parlamentar, Marianne Thieme, reagiu com fúria a uma solicitação do governo para que se atenue o tom na imprensa sobre a questão da matança em massa de cabras e ovelhas grávidas para prevenir a propagação da febre Q durante o parto ou aborto espontâneo.
Em uma carta para a Sociedade Holandesa de Editores Chefes, o ministro da Agricultura Gerda Verburg e seu colega do Ministério da Saúde, Ab Klink, pediram que a mídia respeite a privacidade e os sentimentos dos criadores de caprinos e suas famílias porque “eles são muitas vezes profundamente afetados pela perda forçada dos animais que eles criaram”.
Thieme escreveu aos ministros, “Por que não mais do que uma equipe de filmagem será admitida nas fazendas afetadas? Por que tudo está sendo feito para evitar que a matança seja vista?” Segundo Thieme, o governo está tentando proteger a imagem da agricultura industrial ao encobrir o assassinato de cerca de 40.000 cabras gestantes.
O governo está dificultando a ação civil, a parlamentar escreveu, embora seja fato conhecido que uma grande parte da sociedade se opõe ao abate em massa de animais saudáveis. Entre os opositores se encontram a LTO, a Sociedade Real Holandesa de Médicos Veterinários, a Animal Protection Society e o grupo ativista de direitos animais Wakker Dier.
A matança de milhares de ovelhas e cabras gestantes nas fazendas onde se descobriu a febre Q começou segunda feira. Os animais são sedados antes de receber uma injeção letal. Suas carcaças então são destruídas no prazo de 24 horas.
Fonte: RNW