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NATUREZA EM RISCO

Governo dos EUA avalia abrir 13 milhões de acres no Alasca para extração de petróleo e gás

26 de junho de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Em uma decisão polêmica, o Departamento do Interior (DOI) do governo Trump propôs revogar proteções ambientais em 13 milhões de acres do Ártico Ocidental, abrindo caminho para a expansão da perfuração de petróleo e gás em uma das regiões mais importantes do ponto de vista ecológico e cultural dos EUA.

As terras em questão estão localizadas na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), uma área de 23 milhões de acres composta por tundra, zonas úmidas e habitats de vida selvagem. O Ártico Ocidental é o maior bloco de terras públicas do país, abrigando aves migratórias, manadas de caribus, ursos polares e outras espécies vulneráveis. A região também tem profunda importância para comunidades indígenas, que dependem dela para sua subsistência tradicional.

A revogação dessas proteções permitiria que empresas petrolíferas perfurassem em vastas áreas de natureza frágil, aumentando os riscos de poluição, destruição de habitats e danos de longo prazo ao ecossistema. A exploração de petróleo na região também pode ameaçar a segurança alimentar das comunidades locais.

“A decisão do governo de reabrir o Ártico Ocidental para a exploração industrial é irresponsável e perigosa. Esta é uma das paisagens mais intocadas e biodiversas do planeta – habitat essencial para a vida selvagem do Ártico e um sustento para comunidades indígenas que vivem em harmonia com a terra há gerações. Revogar essas proteções coloca em risco manadas de caribus, aves migratórias e modos de vida tradicionais, tudo para beneficiar empresas de combustíveis fósseis”, declarou Katie Hobbs, diretora de Assuntos Federais do NRDC (Conselho de Defesa dos Recursos Naturais).

Além dos impactos locais, a expansão da extração de combustíveis fósseis no Ártico Ocidental representa riscos globais graves. A perfuração de petróleo emite gases de efeito estufa que aceleram as mudanças climáticas, intensificando o derretimento do gelo no Ártico, o aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos em todo o mundo.

Essa medida faz parte de um esforço mais amplo do governo para desregular setores industriais e abrir terras públicas para exploração privada. Ambientalistas alertam que sacrificar áreas protegidas por ganhos de curto prazo trará custos ambientais e climáticos muito maiores no futuro.

A proposta está agora em um período de consulta pública de 60 dias, dando à população a chance de se manifestar. Enquanto o Ártico enfrenta aquecimento acelerado em níveis sem precedentes, defensores do meio ambiente destacam a urgência de proteger essas terras selvagens, que servem como barreiras naturais cruciais contra a crise climática. Este é um momento decisivo para ação.

Traduzido de World Animal News.

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