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Governo do Sri Lanka ameaça matar 3 milhões de cães abandonados

11 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

(AFP/File, Ishara S.Kodikara)

O governo do Sri Lanka provocou a ira dos defensores dos direitos animais ao afirmar que está procurando formas para assassinar três milhões de cães abandonados que vivem no país. As informações são do jornal Bikya Masr.
“É algo simplesmente destrutivo e não se encaixa nas nossas crenças, especialmente quando existem outras alternativas para a situação dos cachorros”, diz Mariana Novpichatne, ativista na região de Colombo.
Ela espera que o governo não avance com a ideia de usar a eutanásia como método para controlar a população canina. “Muitos de nós protestará e levará o governo para a Justiça se eles tentarem implementar isso”, completou Mariana.
Foto: sxc.hu

O que despertou o clamor geral foram os comentários feitos pelo ministro da Saúde do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, em um programa de notícias da televisão privada. Ele afirmou que ergueria uma campanha a favor da matança de cães abandonados devido ao receio de uma epidemia de raiva.
O ministro ressaltou ainda que apesar de o governo gastar um bilhão de rupias ao ano (R$ 16 bilhões aproximadamente) em programas de esterilização, a iniciativa não tem controlado o nascimento dos animais. O país, cuja predominância é de budistas, proibiu a eutanásia de animais abandonados em 2005.
Entre 2.000 e 2.500 pessoas são mordidas todos os dias pelos cães nas ruas e o tratamento contra a raiva tem custado ao governo 500 milhões de rupias ao ano (R$ 8 milhões), enquanto uma injeção antirrábica custa 30 mil rúbias (R$ 485,00). Cerca de 50% a 60% das pessoas mordidas por cães infectados morrem anualmente.
Foto: pixdaus.com

Em resposta ao comentário do ministro, um líder do movimento em defesa dos animais do Sri Lanka exortou as autoridades a conduzir uma investigação adequada sobre o impacto dos cães abandonados antes de iniciar o programa de matança em massa.
Os ativistas culpam os funcionários da saúde pública pelas falhas no programa de esterilização devido à corrupção e à falta de gerência.

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