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Governo de Madrid autoriza morte de mais de 12 mil periquitos-monges

10 de outubro de 2019
2 min. de leitura
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Foto: AFP/Getty Images
Foto: AFP/Getty Images

Autoridades da cidade de Madrid, capital da Espanha vão matar mais de 12 mil periquitos-monge, também conhecidos como caturrita (Myiopsitta monachus) porque eles “irritam os habitantes locais com seus guinchos incessantes”.
Os pássaros, nativos da América do Sul, vivem na capital espanhola em meio a outros pássaros endêmicos da região, naturalmente competindo por comida e por galhos de árvores.
Entre os motivos insustentáveis alegados pelas autoridades locais estariam os ninhos enormes feitos pelas aves, com peso entre 110 e 400 libras (de 50 a 180 kg), o que segundo a prefeitura da região, “representa um claro perigo para os cidadãos que vivem abaixo das árvores”.
A espécie foi popular como animais domésticos, cruelmente mantidos em gaiolas na década de 1980, mas desde então os pássaros proliferaram e suas populações se desenvolveram. Autoridades de Madri dizem que seus números precisam ser reduzidos.
Em um comunicado, a prefeitura disse que elaborou um plano “para reduzir e controlar a população”, sem dar números. Um elemento do plano envolveria a esterilização de ovos no ninho para incentivar as fêmeas a incubar, mas não a chocá-las.
Foto: AFP/Getty Images
Foto: AFP/Getty Images

O plano deve ser implementado no outono do próximo ano, com um custo estimado de 100 mil euros (cerca de 450 mil reais).
Os belos pássaros de peito verde com penas cinzas – também conhecidas como periquitos-argentinos estão agora vivendo indefesos sob a ameaça da crueldade humana, e nada mais estão fazendo do que expressar seus instintos naturais ao emitir sons e conviver com os demais pássaros nativos.
Borja Carabante, oficial municipal de assuntos ambientais da capital alega que os periquitos tornaram-se uma preocupação para vários cidadãos: “recebemos várias queixas de pessoas que dizem não suportar mais as aves”.
Entre as acusações que as pobres aves são alvo estão a de serem responsáveis por um chilrear irritante, a possibilidade de transmissão de doenças, bem como expulsar outras aves.
O número de periquitos aumentou em um terço desde 2016, de acordo com a sociedade ornitológica espanhola SEO/Birdlife.
Segundo a lei espanhola, as aves são classificadas como espécies exóticas invasoras.

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