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ESPÉCIE AMEAÇADA 

Governo da Malásia anuncia que não enviará orangotangos para outros países como forma de diplomacia 

No lugar disso, os países que compram óleo de palma agora poderão "patrocinar" esses primatas para garantir proteção em seu habitat natural

19 de agosto de 2024
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: Thomas Fuhrmann | Wikimedia Commons

Após críticas de ativistas pelos direitos animais, a Malásia decidiu não enviar orangotangos para zoológicos de outros países. Embora compradores de óleo de palma malaio ainda possam adotar esses primatas, eles permanecerão em seus habitats naturais, conforme reportado pela mídia local.

Em maio, a Malásia havia proposto oferecer orangotangos ameaçados de extinção para países que comprassem óleo de palma, especificamente grandes importadores como a União Europeia e a Índia. Esse plano gerou indignação entre ativistas, que destacaram que a produção de óleo de palma na Malásia e na Indonésia leva à destruição generalizada das florestas tropicais, habitat natural dos orangotangos.

O governo voltou atrás com essa ideia e decidiu que áreas florestais importantes devem ser protegidas dentro das plantações de óleo de palma, como afirmou o Ministro dos Recursos da Malásia, Johari Abdul Ghani, hoje (19/08). “Essas zonas permitem que os orangotangos se movam livremente, encontrem alimento e se reproduzam sem interrupção por parte de humanos ou outros animais”, disse o ministro, compartilhando detalhes com o jornal The Star.

Além disso, compradores globais de óleo de palma têm a opção de patrocinar um ou mais orangotangos, ressaltou o ministro. Os fundos arrecadados serão utilizados para implementar iniciativas de proteção da vida selvagem.

Atualmente, os orangotangos estão criticamente ameaçados de extinção. Seu habitat está diminuindo à medida que as florestas tropicais são desmatadas para dar lugar à produção de óleo de palma, que é utilizado em vários produtos, como alimentos e cosméticos.

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