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Governo da Islândia permite que empresa mate 128 baleias durante a temporada de caça

De acordo com uma ONG, as baleias mortas em caçadas islandesas levam até duas horas para morrer, com 41% das baleias sofrendo imensamente em uma média de 11,5 minutos

11 de junho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Reuters

O governo da Islândia emitiu uma licença para a caça de baleias para a única empresa que ainda participa dessa prática sanguinária no país. A licença para a temporada de caça de 2024 permite que a empresa Hvalur mate 128 baleias-fin.

A Hvalur será autorizada a caçar 99 baleias-fin na região da Groenlândia e Oeste da Islândia e outras 29 na região do Leste da Islândia e Ilhas Faroe este ano, disse o Ministério das Pescas em um comunicado.

A caça às baleias na Islândia tem provocado protestos há anos de ativistas pelos direitos animais e celebridades de Hollywood, incluindo Leonardo DiCaprio.

A organização de proteção animal Humane Society International disse que a licença foi concedida “apesar das evidências claras de imenso sofrimento animal”. A ONG afirmou que um relatório independente da Autoridade de Alimentos e Veterinária da Islândia sobre a caça às baleias em 2022 “revelou que algumas baleias mortas em caçadas islandesas levaram até duas horas para morrer, com 41% das baleias sofrendo imensamente antes de morrer em uma média de 11,5 minutos”. Eles ainda disseram que essa licença é considerada uma contravenção à Lei de Bem-Estar Animal do país.

Patrick Ramage, diretor do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, também se pronunciou sobre o assunto. “É ridículo que em 2024 estejamos falando sobre listas de alvos para o segundo maior animal da Terra, para produtos que ninguém precisa”, disse ele em entrevista à Reuters.

Atualmente, Islândia, Noruega e Japão são as únicas três nações que permitem a caça comercial de baleias.

Apesar de uma moratória internacional implementada em 1986 para proteger a espécie da extinção, a Noruega retomou a caça comercial de baleias em 1993 e a Islândia em 2006.

O Japão se retirou do organismo internacional em 2019 e retomou a caça comercial de baleias em suas águas territoriais e zona econômica exclusiva.

Em uma pesquisa recente, 51% dos islandeses disseram que eram contra a caça comercial de baleias.

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