Segundo as informações do jornal The Paper, até o final deste ano o governo chinês irá proibir o comércio de animais silvestres em todo o país. A medida contempla a preservação de 45 espécies, entre elas: cobras, ouriços e pangolim, mamífero apontado como o possível transmissor do novo coronavírus.
A proibição por venda e consumo de animais exóticos entrou em vigor ainda quando a China era o epicentro da Covid-19. Contudo, após uma série de críticas e pressões, inclusive de ambientalistas, o Congresso Nacional do Povo estendeu a medida até o final de 2020, porém não foi divulgado se será uma lei permanente.
Comércio de animais silvestres
Antes da pandemia do novo coronavírus, ativistas já exigiam por sanções mais rígidas no mercado chinês de animais silvestres, salientando, inclusive, os riscos de doenças zoonóticas. Contudo, o país seguia viabilizando o comércio de algumas raças, numa tentativa de gerar renda para a população desfavorecida; a estimativa é que mais de 14 milhões de chineses vivem em zonas rurais pobres.
Além do pangolim, caçado para a venda da sua carne e escamas, o porco-espinho é outro bicho ameaçado pelos comerciantes. O filhote desta espécie era encontrado no mercado chinês por aproximadamente 350 yuanes (R$ 270,00) e o adulto por até 1.500 yuanes (R$ 1.150,00).
Preocupação de ambientalistas
Cientistas e ambientalistas demonstram preocupação com o consumo de animais exóticos, mesmo que por questões culturais. Além da exposição a vírus e bactérias desconhecidos pelo sistema imunológico do corpo humano, essa atividade impacta na preservação das vidas selvagens, logo, comprometendo todo o ecossistema.
Lembrando que outras doenças infecciosas, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave, causada pelo Sars em 2002, são originárias de transmissões por animais selvagens, como o morcego.
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