A pesquisa encomendada pelo Escritório Federal para o Meio Ambiente concluiu que quase seis mil pessoas morreram prematuramente em 2014 de doenças provocadas ou agravadas por dióxido de nitrogênio ou NO2.
O estudo, feito pelo Helmholtz Center Munich, financiado publicamente e pela empresa privada IVU Umwelt GmbH, utilizou modelos estatísticos para descobrir quantas mortes poderiam ser atribuídas ao NO2.
Foi realizada uma comparação entre as mortes por diabetes, asma e outras doenças com registros de emissões nas cidades e no campo.
O relatório de 172 páginas foi publicado uma semana depois que um tribunal alemão decidiu que as cidades podem proibir o uso de veículos movidos a diesel para melhorar a qualidade do ar, reportou o Phys.
“Este estudo mostra o quanto o dióxido de nitrogênio prejudica a saúde na Alemanha. Precisamos fazer tudo para tornar nosso ar limpo e saudável”, afirmou a líder do Escritório Federal para o Meio Ambiente, Maria Krautzberger.
O documento revelou que o número de mortes diminuiu de um pico de 8157 em 2008 em conformidade com uma queda gradual das emissões de NO2 na Alemanha. Ainda assim, foi um método conservador que examinou somente doenças que possuem uma ligação bem estabelecida com NO2 e excluiu o impacto em locais onde as emissões são inferiores a 10 microgramas por metro cúbico. Foi descoberto que os problemas causados pelas doenças foram até 50% maior em locais com níveis significativos de NO2 do que em regiões com emissões abaixo do patamar do estudo.
O estudo também calculou o que se denomina como “anos perdidos” como resultado das emissões elevadas; foram registrados 49,726 anos a menos de vida para a população de toda a Alemanha em 2014.