A nomeação da governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, indicada pelo ex-presidente Donald Trump, reacende o debate sobre ética e bem-estar animal em cargas de liderança. Noem, conhecido por sua postura de linha-dura e lealdade a Trump, carrega um histórico que levanta sérias preocupações: a própria governadora relatou, com frieza, a execução de seu cachorro, Cricket, de apenas 14 meses, descrevendo o ato em um livro de memórias lançadas este ano.
Noem, que ocupou por quatro mandatos o cargo de congressista antes de assumir o governo de Dakota do Sul, confessou ter atirado no filhote de raça pointer por considerá-lo “indomável” e “menos que inútil como cão de caça”. Em seu relato, ela descreveu o filhote como “um assassino treinado”, revelando que o matou em uma pedreira após ele morder uma de suas mãos e atacar galinhas dos vizinhos. A governadora ainda narrou a morte de uma cabra de sua família, que, segundo ela, teria “mau cheiro” e agia de forma hostil com seus filhos.
Essas revelações suscitaram forte indignação e críticas da opinião pública, levando à viralização de memes e comentários nas redes sociais. A conduta de Noem reacende a discussão sobre como o histórico de violência contra animais deve ser tratada ao considerar candidatos para cargas de tamanha importância, especialmente em uma posição que exige integridade, empatia e capacidade de proteger vidas.
Além de seu envolvimento em casos de crueldade animal, a governadora também acumula polêmicas em questões de saúde pública, sendo conhecido por seu alinhamento com Trump na negação de medidas de prevenção durante a pandemia de Covid-19. Noem resistiu às medidas de bloqueio e à obrigatoriedade de máscaras, decisões que colocaram Dakota do Sul entre os estados mais afetados pelo coronavírus. Também enfrentam restrições de acesso a terras de tribos indígenas em regiões locais, após acusações de que certas pessoas estariam “infiltradas por carrinhos de drogas”, ou que foram suspensas na suspensão de sua visita a 15% do território de Dakota do Sul.
Noem assume o Departamento de Segurança Interna em um momento de alta tensão social e com um histórico que lança dúvidas sobre sua adequação para liderar uma área voltada à proteção e segurança, tanto humana quanto ambiental.