Golfinhos da espécie “golfinho-nariz-de-garrafa” foram vistos na orla das praias do Leblon e Ipanema, na Zona Sul do Rio, na sexta-feira (28). O coordenador do Projeto Maqua, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Alexandre Azevedo – que registrou a cena – explicou, na manhã desta segunda-feira (31), que eles buscavam alimentação e descanso na região.
“A orla do Rio, incluindo a área costeira de Maricá [Região dos Lagos] e Niterói [Região Metropolitana], é uma área muito importante pras baleias e golfinhos. Eles utilizam a área do Rio pra alimentação e descanso. Às vezes a presença está relacionada à oferta de alimentos”, explicou.
Ainda de acordo com Alexandre, a espécie tem o nome científico “Tursiops truncatus” e pode ser encontrada ao longo de todo ano no Rio de Janeiro, no entanto, é mais frequente no inverno e na primavera.
“Mas também temos muitos encontros no verão e outono. Diferente do Boto Cinza, que temos na Baía de Guanabara, essas outras espécies têm uma área de vida maior. Então, utilizam a orla do Rio em longos períodos. Às vezes ficam meses consecutivos porque têm uma área de vida grande. A gente também não entende todo o tamanho da área de vida deles, mas fazemos pesquisa na baía da Ilha Grande, e eles também já foram fotografados lá. É um deslocamento de cerca de 150 km”, completou.
O professor acrescentou que durante o verão, as baleias vêm ao Rio para se alimentar de peixes de pequenos tamanhos que também podem ser encontrados na orla do Rio.
Exposição
O especialista acrescentou que a exposição “Rio, Mar de Golfinhos” apresenta as principais espécies de botos, golfinhos e baleias que vivem nas águas do Estado do Rio de Janeiro. A exposição, que conta com um rico acervo de imagens, réplicas dos animais e outros materiais, desvenda a beleza desse grupo de mamíferos e convida o público a um mergulho por nossos mares.
Ainda segundo ele, a exposição “Rio, Mar de Golfinhos” está aberta diariamente das 9 às 17h no “Encontro das Águas – Espaço do Ambiente”, na Avenida Borges de Medeiros, 1444, na Lagoa, também na Zona Sul. A entrada é gratuita.
Fonte: G1