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CRIME

Golfinho recém-nascido morre atropelado por embarcação marítima em Cananéia (SP)

1 de dezembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Nesse mês de novembro, um filhote recém-nascido de boto-cinza (Sotalia guianensis) foi encontrado morto por moradores locais na Praia da Trincheira, localizada no Boqueirão Sul da Ilha-Comprida, região de Cananéia-SP. Os ferimentos indicam que o animal morreu atropelado por embarcações marítimas.

O acidente reforça a necessidade de boas práticas náuticas, que garantem a segurança dos animais. O animal foi recolhido para mais análises pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), coordenado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia – IPeC na região.

De acordo com Caio Louzada, coordenador do Proje o Boto-Cinza – também realizado pelo IPeC com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, pela foto do corpo do animal, foi possível notar os ferimentos na região da cabeça, que segundo observou o pesquisador, possivelmente foram causados por hélices de um motor. O boto-cinza encontrado tratava-se de um filhote recém-nascido.

O acidente aconteceu no início do mês e foi divulgado após a análise das imagens. Louzada explica que acidentes graves como esse não são frequentes na região de Cananéia, mas alerta que medidas preventivas são necessárias para evitar o aumento. “A Região Turística Lagamar, especialmente os estuários de Cananéia, é um dos melhores destinos no Brasil para observação do boto-cinza e um destino turístico cada vez mais procurado. O aproveitamento desse potencial deve ser feito de maneira sustentável e responsável. São as boas práticas de navegação náutica contribuem para que toda atividade marítima na região, especialmente turística, seja feita com segurança para todos”, reforça.

O coordenador acrescenta que Cananéia abriga uma população de aproximadamente 400 botos-cinza, estando entre uma das mais importantes para a conservação da espécie no Brasil.

“A gestação de um boto-cinza é de cerca de um ano, levando de dois anos e meio a três para gerar outro filhote. Cada indivíduo perdido pode impactar negativamente na população”, informa.

Fonte: Portal da Cidade

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