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SUÉCIA

Golfinho de 40 anos morre asfixiado em recinto de zoo após colocarem algas marinhas decorativas para agradar visitantes

27 de março de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | The Guardian

A morte de Nephele, um golfinho de 40 anos mantido no zoológico de Kolmården, na Suécia, desencadeou uma controvérsia entre ativistas em defesa dos direitos animais. Nephele morreu sufocada após engasgar com algas marinhas falsas colocadas em seu recinto pelos tratadores do zoológico sob a justificativa de “enriquecimento ambiental”. Um relatório de autópsia revelou que a alga artificial ficou alojada na garganta de Nephele, resultando em sua morte por asfixia.

A mídia local reportou que a morte de Nephele, ocorrida em meados de janeiro, foi inesperada. O golfinho-nariz-de-garrafa estava aparentemente saudável até apresentar um comportamento incomum, afundando no fundo de seu recinto. O veterinário-chefe do Zoológico de Kolmården, Bim Boijsen, descreveu o incidente como um processo rápido, lamentando profundamente a perda de Nephele, um animal estimado no zoológico.

Boijsen explicou que as algas artificiais, agora removidas do recinto, foram inicialmente adicionadas para proporcionar “enriquecimento ambiental” e estimular os animais. No entanto, a tragédia resultante levantou questões sobre a prática de usar métodos desse tipo em cativeiro.

Daniel Rolke, fundador do grupo sueco em defesa dos direitos animais Animalkind, destacou que Nephele foi um dos dois golfinhos importados da Alemanha, originalmente chamado de ‘Cindy’. Rolke mencionou que a importação desses golfinhos enfrentou forte oposição inicialmente, mas acabou sendo permitida. O zoológico posteriormente os renomeou para Nephele e Delphi, respectivamente.

Foto: Reprodução | The Guardian

Delphi, companheiro de Nephele, faleceu em 2007 no Zoológico de Kolmården, enquanto Nephele agora se junta a ele. Apesar das promessas de fechar o delfinário em 2021, o zoológico ainda abriga 11 golfinhos. O site do zoológico afirma que o desmantelamento do delfinário pode levar tempo, mas enfatiza a prioridade em garantir o bem-estar dos golfinhos.

Embora alguns artigos científicos sugiram que o “enriquecimento ambiental” possa beneficiar o bem-estar dos golfinhos em cativeiro, a trágica morte de Nephele levanta questões sobre a prática e a ética por trás dela.

Nota da Redação: o aprisionamento de animais inocentes em zoos para entretenimento humano é cruel, covarde e isento de qualquer traço de consciência. Negar a liberdade a esses animais confinados em espaços limitados e inadequados compromete o bem-estar emocional e físico de todos eles. Uma afronta ao princípio fundamental de que os animais têm o direito intrínseco de viverem livres em seus habitats naturais. É fundamental que essas instituições sejam abolidas para contribuir na construção de um mundo mais ético e sustentável.

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