Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A organização francesa de proteção animal One Voice tem chamado a atenção do público para a história chocante de Femke, um golfinho mantido em cativeiro no parque marinho Parc Astérix, no norte de Paris, na França.
Os ativistas fizeram uma filmagem que mostra a preocupante deterioração da saúde de Femke desde que seu filho Ekinox foi arrancado dela. Ele foi tirado da mãe em 2016, com apenas cinco anos, para ser transferido para um parque marinho na Grécia.
Na natureza, os golfinhos ficam com suas mães até que atinjam pelo menos 12 anos e mesmo assim não saem por longos períodos de tempo.
“Ekinox, que viverá com outros machos separados prematuramente de suas mães, provavelmente ficará mais debilitado ali. No entanto, as transferências são encorajadas por razões genéticas. Assim, as famílias são despedaçadas e os indivíduos são destruídos”, explicou o grupo.
Femke foi capturada na Flórida, perto da costa americana nos anos 80. Depois de quatro décadas de cativeiro, foi separada do filho e mergulhou em uma profunda depressão.
“Femke flutua, como uma sombra, na piscina de cloro. […] Ela se perdeu completamente e parece estar morrendo de dor. […] Parece já ter desistido”, enfatiza a One Voice, segundo informações do Holidog Times.
As imagens capturadas pela associação em 12 de abril mostram a fêmea praticamente sem vida, flutuando sem se mover, com uma barbatana dorsal curvada. “Como já foi filmado em outubro, Femke permanece afastada dos outros golfinhos e não está mais se apresentando em shows”, dizem os ativistas.
Pierre Gallego, veterinário nomeado pela associação que visitou Femke para observar sua condição confirma: “O estado mental e físico de Femke é extremamente alarmante e exige uma ação urgente de especialistas veterinários”.
A One Voice assumiu a responsabilidade de levar ao golfinho a ajuda de que ele precisa tão desesperadamente. Além disso, continua seus esforços para alertar o público sobre Femke e todos os outros animais que vivem em cativeiro e sofrem como ela.
A associação criou uma petição exigindo o fechamento de Dolphinariums na esperança de acabar com esta prática cruel.
“Diversos países já proibiram essas estruturas em seu território em uma tentativa de proteger esses animais marinhos. O Chille, a Hungria, a Costa Rica em 2005, a Suíça em 2012 e finalmente a Índia em 2013. É inimaginável que a França se recuse a considerar as evidências científicas e ignore o sofrimento desses mamíferos”, concluem os ativistas.