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Golfinho aparece morto na praia de Faro, em Portugal

11 de agosto de 2010
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Um golfinho em elevado estado de putrefacção foi encontrado esta manhã no areal da praia de Faro, segundo informou a Autoridade Marítima do Sul.

O cadáver do animal foi encontrado em torno das 10h por um militar da Marinha que patrulhava a área. A Câmara Municipal de Faro já foi contactada para remover e transportar o mamífero marinho para o aterro sanitário, informou à agência Lusa o comandante Marques Ferreira.

As causas da morte e a subespécie do animal ainda serão apuradas. Élio Vicente, biólogo marinho do Zoomarine, arrisca dizer que poderá ser um golfinho-roaz, um golfinho-comum ou um golfinho-riscado.

“Este tipo de acontecimento é razoavelmente comum em Portugal, sendo que vivem ao largo da nossa costa 24 espécies de baleias e golfinhos”, comentou Élio Vicente.

Apesar de não ter um número em concreto, o biólogo estima que, por ano, deem à costa “algumas centenas” de golfinhos e baleias, a maioria já mortos. As eventuais causas poderão ser velhice, problemas na altura dos partos, crias que não se adaptam bem ao meio e a interação negativa com pesca e embarcações. “Há animais que acabam presos nas redes de pesca e em anzóis ou cortados por hélices de embarcações”, referiu.

As épocas mais propícias aos arrolamentos são o inverno e a primavera, e a zona com mais casos registados é a costa norte, devido ao tipo de ondulação e oceanografia, explicou. Ainda assim, “muitos animais que dão à costa não são vistos pelas pessoas, especialmente se surgem em alturas em que as praias estão vazias”.

Mas há alguns animais que dão à costa ainda vivos. Neste caso, “é fundamental contactar imediatamente a Autoridade Marítima, entidade competente”, sublinhou Élio Vicente.

Atualmente estão em funcionamento em Portugal dois centros de reabilitação para mamíferos marinhos: em Quiaios (Figueira da Foz) e em Albufeira (Zoomarine). De momento, o centro do Zoomarine está recuperando vários cágados endêmicos e uma tartaruga marinha do Golfo do México. “Esta tartaruga só está à espera de que a situação melhore (depois da maré negra que começou a 20 de abril na plataforma Deepwater Horizon) para poder ser libertada”, contou Élio Vicente.

 Fonte: Público

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