A gineteada é uma modalidade de arena e montaria cujo montador permanece sobre o cavalo pelo maior tempo possível ou até que um sino toque. O esporte não se reduz à montaria e tem práticas abusivas contra os animais de forma variada, com destaque no sul do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.
A Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara está, atualmente, com um projeto de lei de Nereu Crispim, deputado do PSL do Rio Grande do Sul, cuja proposta é reconhecer a gineteada com bovinos e equinos como patrimônio cultural imaterial.
A proposta deve ser avaliada pelas comissões de Cultura, Constituição e Justiça e de Cidadania. Segundo informações do portal Vegazeta, a análise terá caráter conclusivo, o que significa que se o projeto de lei for aprovado pelas comissões, não precisará ser submetido ao voto em plenário.
A PL inclui gineteada, laço, rodeio e vaquejada. O deputado Nereu Crispin defende ainda que a gineteada seja elevada a esporte – prática abusiva onde uma pessoa fica o maior tempo possível no lombo de um animal ‘domado’.
Segundo o deputado, a gineteada é uma “atividade intrinsecamente ligada à vida, à identidade, à ação e à memória de grupos formadores da sociedade brasileira”.
“Para se obter êxito, é preciso contar com técnicas, entre elas, ter bastante força nas pernas e muita concentração para garantir o equilíbrio no lombo do cavalo”, alega Crispim, que classifica os praticantes como “atletas”.
“Proponho, por meio do presente projeto de lei, que este ‘esporte’ seja incluído como um bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro e que seja uma modalidade esportiva equestre tradicional, a qual sempre preza pela proteção ao bem-estar animal e pela manutenção da cultura brasileira.”
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável é presidida pela deputada Carla Zambelli, também do PSL, que tem poder de escolher os relatores dos projetos de lei na Comissão.